O governo federal detalhou nesta quinta-feira (28/11) o pacote de propostas com o objetivo de reduzir os gastos públicos em até R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. As medidas incluem mudanças em áreas como salário mínimo, aposentadoria militar, abono salarial e regras para benefícios sociais, além de propostas de Imposto de Renda.
O objetivo é cumprir os requisitos do quadro fiscal, aprovado no ano passado, que estabelece normas para a gestão das contas públicas. Economistas alertam que, sem regras claras e rígidas, o Brasil poderá enfrentar um agravamento da dívida pública, resultando em impactos diretos nos juros bancários, no consumo e nos investimentos. O pacote precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional para entrar em vigor.
Veja quais são as principais medidas e como elas vão influenciar nas suas finanças:
Salário mínimo
O salário mínimo continuará tendo aumento real, ou seja, acima da inflação, baseado no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Contudo, o reajuste será limitado a 2,5% ao ano, mesmo que o PIB cresça acima desse percentual.
Essa mudança afetará os aposentados e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que deixarão de receber R$ 6 mensais, incluindo o décimo terceiro, em 2025.
Tributação de Alta Renda
Será introduzida uma alíquota de 10% para contribuintes que ganham mais de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil anuais). Além disso, as deduções de despesas com saúde no Imposto de Renda serão limitadas a pessoas com renda de até R$ 20 mil por mês.
Aposentadoria Militar
O pacote inclui o fim do morte fictíciaque permitia o pagamento de pensões a familiares de militares reformados, como se estes fossem falecidos. Também será estabelecida a idade mínima de 55 anos para transferência para a reserva remunerada, além da extinção das transferências previdenciárias.
Outra medida é a fixação de uma taxa de 3,5% de remuneração do Fundo de Saúde dos militares, que entrará em vigor até janeiro de 2026.
Subsídio Salarial
Atualmente, têm direito ao abono os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.824). Com a nova proposta, o benefício será limitado a pessoas que ganham até R$ 2.640. O valor será reajustado anualmente pela inflação.
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
As regras de acesso ao BPC serão reforçadas, com foco nas pessoas impossibilitadas de viver de forma independente e trabalhar. O cálculo da renda passará a incluir os rendimentos do cônjuge, irmãos, filhos e enteados, mesmo que não morem na mesma residência. Será obrigatória a atualização dos registros com desatualização superior a dois anos.
Bolsa Família
Para reforçar o controle do programa, o governo implementará medidas como o uso de biometria para cadastro e atualização cadastral, além de cruzar informações com bancos de dados de concessionárias de serviços públicos. O registo de famílias unipessoais estará sujeito a regulamentos mais rigorosos.
Supersalários no Serviço Público
O governo propõe regulamentar a lei que proíbe “supersalários” de funcionários do Executivo, Legislativo e Judiciário. Isso evitará pagamentos acima do teto constitucional, atualmente fixado em R$ 44.008,52 mensais.
Emendas Parlamentares
As emendas parlamentares terão limite de crescimento de 2,5% acima da inflação. Metade das alterações das comissões será destinada à saúde pública. Além disso, o governo poderá bloquear até 15% do total das alterações em casos de necessidade fiscal.
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