A péssima reação do quartel às medidas de ajuste fiscal que impactaram os integrantes das Forças Armadas levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a convocar, para este sábado (30/11), uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os três comandantes militares — General Tomás Paiva, do Exército; Brigadeiro Marcelo Damasceno, da Aeronáutica; e o almirante Marcos Olsen, da Marinha. A agenda extraoficial durou cerca de duas horas no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. As autoridades chegaram ao Alvorada por volta das 15h e, às 17h, saíram no mesmo horário, sem falar com os jornalistas de plantão. Apesar do encontro, a residência oficial continuou recebendo visitas de turistas na tarde de ontem.
A reunião ocorreu após o anúncio do pacote de corte de gastos divulgado na semana passada pela equipe econômica do governo. Pelo menos dois itens do pacote são criticados pelos militares: a idade mínima de 55 anos para deixar o serviço ativo e o fim da transferência ex officio, que ocorre quando o militar atinge o limite de idade para permanecer na Força.
Nos últimos dias, grupos de conversação de oficiais das três Forças ampliaram as críticas ao ajuste fiscal, que chegaram aos respectivos comandos. O Correspondência teve acesso a algumas dessas conversas e constatou que, além da insatisfação com o projeto de lei de ajuste que sobrou para as Forças Armadas, há muitas reclamações sobre a falta de colaboração entre os Poderes Legislativo e Judiciário, especialmente no que diz respeito aos respectivos aspectos sociais. sistemas de proteção, que incluem benefícios e pensões diferenciados. Apenas o sistema militar foi afectado pelo ajustamento das contas públicas.
Para alguns oficiais de alta patente ouvidos pela reportagem, sob condição de sigilo, ainda há pesar quanto à postura do ministro da Defesa, José Múcio, que, ao defender o acordo feito entre a equipe econômica e os comandos militares, Ele disse que o pacote buscava “igualdade” entre os militares e outros trabalhadores. “Não há igualdade nenhuma, a carreira militar é diferente, não há fundo de garantia, não se pode fazer greve, não se pode recusar o afastamento da cidade, não se pode falar em igualdade”, disse um comandante três estrelas.
Tempo de serviço
Na conversa com o presidente Lula, os comandantes manifestaram preocupação com o aumento de pedidos de transferência para a reserva nas últimas semanas de militares que completaram 30 anos de serviço (mínimo exigido para deixar a ativa), mas não atingiram 55 anos de idade . . “O fluxo de carreira (nas Forças Armadas) é sempre baseado no tempo de serviço”, comentou outro oficial superior ouvido pela reportagem. Para ele, o acordo de ajuste fiscal foi feito “às pressas”.
Os comandantes das forças pretendem que o processo de transição para a nova regra que estabelece idade mínima para solicitar transferência para a reserva seja coordenado pelo Ministério da Defesa, e não pelos Ministérios das Finanças e do Planeamento, devido às especificidades da carreira militar. Na proposta do governo, haverá um “pedágio” para militares com menos de 55 anos que estejam próximos de completar o serviço ativo. As regras de transição deverão ser apresentadas ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei. A expectativa é que esse período não ultrapasse dez anos.
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