Entre músicas novas e sucessos antigos, Guilherme de Sá está de volta. Bem diferente da turnê que o fez retornar aos palcos brasileiros no ano passado, o cantor e compositor, desta vez, apresenta um novo formato de apresentação aos fãs que o acompanham há tanto tempo. Na companhia de uma banda espetacular, o rock é, sem dúvida, um dos grandes atrativos do novo projeto intitulado Tempestade.
A voz irreconhecível e a presença de palco marcante. Elementos que, de fato, fizeram Guilherme se destacar como um dos grandes vocalistas do país. No final de novembro, a artista marcou presença no Toinha Brasil Show, em Brasília, em uma performance que fez o público vibrar do início ao fim. “Antes da turnê Minimalistaera mais uma coisa entre amigos. Vivi um hiato de 5 anos, que deveria ter sido uma despedida. Mas aconteceu uma série de coisas que me fizeram voltar”, destaca.
Uma delas, segundo Guilherme, foi a parceria feita com a Summer Produções, no início de 2024. Graças a essa colaboração nasceu o álbum Tempestadeque conta com 31 músicas em projeto audiovisual no YouTube. “Hoje estamos tratando da turnê de forma oficial — e mais profissional. Temos um produto, uma banda ensaiada e um cenário e tudo isso baseado no trabalho que lançamos”, completa o artista. Fruto dos anos longe dos palcos, o DVD Tempestade nada mais é do que a extensão do Guilherme.
Desafios, sentimentos e a vida na Inglaterra impulsionam a criação deste novo projeto. “Consideremos também que Tempestade não é um recomeço, mas uma continuação do que já vinha fazendo há algum tempo”, acrescenta. Sobre as faixas exclusivas, Guilherme brinca que trabalha quase como um “músico comissionado”, tendo-as feito especificamente para o trabalho recente. Entre eles, Réquiem e Vida extraordináriasendo alguns dos muitos que ele trouxe para 2024.
Estrada gloriosa
Apesar das músicas ocasionais, Guilherme se autodenomina colecionador. Alguém que guarda letras, melodias e pensamentos. Afinal, apesar de estar afastado do público, estar totalmente ausente daquilo que considera a vocação de sua vida não é tão possível. E pensando nisso, nada melhor do que voltar com a maioria daqueles sucessos que, onde quer que você esteja, fazem os fãs se emocionarem. Calma rara, máquina do tempo, Sem você e Obrigado por estar aqui são alguns dos clássicos presentes no projeto.
“Meu foco foi inserir fonogramas que nunca foram feitos. Temos, por exemplo, três versões de Midnight Sun. Quando inseri outras músicas, muitas não haviam sido trabalhadas ao vivo. Ainda tenho muitas músicas que nunca usamos. No próximo trabalho, acredito que seja inevitável. Devo acrescentar faixas que nunca foram trabalhadas”, destaca. Considerando-se um homem de sorte, Guilherme afirma que a recepção do público tem sido extremamente positiva.
Isto, claro, depois de destacar os desafios de se manter afastado da indústria musical. “Esta é quase uma morte artística. Mas as pessoas esperaram por mim, ficaram aqui. Onde quer que eu vá, tem havido festa”, acrescenta. Em quase três décadas na estrada, ele acredita que o caminho foi glorioso. “Nem sempre estive no caminho que planejei para mim, mas sempre estive onde Deus queria que eu estivesse. Existe um propósito.”
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