Após quatro meses consecutivos de redução, o endividamento das famílias brasileiras apresentou ligeiro aumento em novembro. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (12/05) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de pessoas com contas pendentes passou de 76,9% em outubro para 77% em novembro.
Segundo os dados, este aumento reflete a maior utilização do crédito para compras de final de ano, mas também aponta para uma gestão orçamental mais cautelosa. “O aumento sazonal do crédito é esperado nesta época do ano, mas o perfil mais equilibrado das dívidas indica um uso mais consciente, com menor impacto na renda mensal”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC.
As taxas de incumprimento também continuam a subir, com 29,4% das famílias a reportar dívidas em atraso no último mês, o nível mais elevado desde outubro de 2023. O número de consumidores que dizem não conseguir pagar as suas dívidas aumentou de 12,6% para 12,9. %.
A pesquisa reforça que as famílias de menor renda enfrentam mais dificuldades. Entre aqueles que ganham de 0 a 3 salários mínimos, o endividamento aumentou para 81,1%, o maior índice entre todos os grupos. Estas famílias também registaram a maior percentagem de incumprimentos, com 37,5% a reportar dívidas pendentes e 18,5% a dizer que não conseguiram saldar as suas dívidas.
Por outro lado, as famílias com rendimentos superiores a 10 salários mínimos reduziram a sua dívida para 66,7%, com 14,6% a reportar dívidas em atraso e apenas 5% a afirmar não ter condições para as pagar. Este comportamento reflete maior capacidade de planeamento financeiro e menor dependência do crédito.
Cartão de crédito
O cartão de crédito continua a ser o principal tipo de dívida, presente em 83,8% das famílias endividadas, embora tenha registado uma queda de 3,9 pontos percentuais face a novembro de 2023.
O crédito pessoal continuou em destaque, com crescimento de 2,5 pontos percentuais na comparação anual. Apesar de uma leve redução mensal, é favorecido pelas taxas de juros mais baixas entre as modalidades.
Estabilidade
A percentagem de consumidores que se consideram “muito endividados” caiu para 15,2%, o nível mais baixo desde novembro de 2021. A confederação projeta que a dívida continuará a crescer em dezembro, impulsionada pelas compras de Natal. Contudo, as taxas de inadimplência deverão permanecer estáveis, dada a adaptação das famílias ao cenário de altas taxas de juros.
O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, afirma que a recuperação do consumo das famílias depende de uma gestão responsável do crédito. “Apesar de um ligeiro aumento da dívida, o impacto no rendimento mensal diminuiu, refletindo o esforço das famílias para manterem as suas contas equilibradas mesmo face às adversidades económicas”, nota.
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