O Superior Tribunal Militar (STM) manteve a condenação de uma mulher que se passou por filha de um soldado que lutou na Segunda Guerra Mundial para receber uma pensão. Ana Lúcia Umbelina Galache de Souza, que recebia pensão em decorrência das mortes de Vicente Zarate e Natila Ruiz, ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), desde 1989, foi condenada a três anos de prisão aberta e multa de R$ 3.723.344,07 pelo crime de peculato. O valor correspondente ao prejuízo gerado pela pensão indevida.
Ana Lúcia nasceu em 7 de junho de 1969 em Campo Grande (MS). Em 1986, aos 17 anos, foi registrada como Ana Lúcia Zarate, suposta filha de Vicente Zarate, nascido em 6 de junho de 1986. O crime foi orquestrado por Conceição Galache de Oliveira, avó do réu e irmã do ex- combatente. Além do cadastro fraudulento, a condenada também possuía outro documento de identidade e outro CPF.
Após a morte do militar, em 1988, Conceição, que era advogada do irmão, dirigiu-se à Secção de Serviço de Inactivos e Pensionistas (SSIP 9) para requerer a elegibilidade da neta para uma pensão especial, como filha, uma vez que Vicente não tinha herdeiros. . O pedido foi atendido e Ana Lúcia começou a receber a pensão em 27 de janeiro de 1989.
Segundo a investigação, a acusada continuou a usar o nome Ana Lúcia Umbelina Galache de Souza em todos os atos da vida civil, inclusive no seu próprio casamento, em 1990. O nome Ana Lúcia Zarate foi usado apenas quando precisou lidar com a Administração Militar. .
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A avó e a neta, desde então, dividiram o valor recebido ilegalmente. O crime, porém, veio à tona em 2021, quando a própria Conceição registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. Segundo a investigação, ela estava insatisfeita com o valor repassado pela neta.
Julgamento
Após a denúncia, a investigação descobriu a fraude e interrompeu o pagamento em 2022. Ana Lúcia confessou o crime e admitiu saber que não tinha direito à pensão. Ela também admitiu que não morava e não tinha relação paterna com o tio-avô. Segundo a arguida, a sua avó ameaçou denunciá-la sempre que esta estivesse insatisfeita com o valor que recebia da neta.
Conceição nunca foi denunciada. Ela morreu em maio de 2022, pouco antes de sua pensão ser cortada.
Após a condenação, a Defensoria Pública da União (DPU), responsável pela defesa do réu, recorreu da decisão ao Superior Tribunal Militar (STM). O argumento da defesa foi que não houve dolo por parte de Ana Lúcia, pois ela ainda era menor de idade quando foi registrada como filha de Vicente.
A decisão do STM, proferida no final de novembro, negou provimento ao recurso, afirmando que a fraude foi comprovada a partir do momento em que Ana Lúcia passou a utilizar dois documentos de identificação há mais de 30 anos. A decisão apontou ainda que a ré continuou com o esquema mesmo após ter sido aconselhada pelo marido a suspender os pagamentos.
O Correspondência tenta contato com a defesa de Ana Lúcia Umbelina Galache de Souza. O espaço permanece aberto para possíveis manifestações.
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