O Senado aprovou por unanimidade esta quinto-Sexta-feira (12/05), entra em vigor a Política Nacional de Cuidados, instituída pelo Projeto de Lei (PL) 5.791 de 2019, que estabelece diretrizes para reconhecer e valorizar o trabalho dos cuidadores no país. O texto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), segue para aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Política Nacional de Assistência visa melhorar as condições dos trabalhadores ou voluntários que se dedicam ao cuidado, inclusive nas relações familiares, para trazer mais segurança e garantir os direitos desses profissionais. O projeto define “cuidado” como “trabalho necessário à reprodução diária da vida humana, da força de trabalho, da sociedade e da economia e para garantir o bem-estar de todas as pessoas”.
A iniciativa, construída ao longo de mais de um ano pelo governo federal, busca garantir o acesso a um atendimento de qualidade, reorganizar a abordagem histórica do atendimento no país e promover a valorização de quem realiza esse trabalho, em grande parte principalmente mulheres, como afirma o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias:
“Aprovado pelo Senado Federal, por unanimidade, o Projeto de Lei 5.791, que passa a enquadrar o Brasil no marco regulatório da Política Nacional de Cuidados. As pessoas que são cuidadas: crianças, pessoas com deficiência, pessoas que necessitam de cuidados, do apoio de outras pessoas. Mas também, as pessoas que cuidam, que são principalmente mulheres, que muitas vezes dedicam a vida a cuidar de alguém, muitas vezes desprotegidas, ou sem a devida remuneração”.
Wellington Dias comemorou a aprovação, destacando que a nova política representa um avanço significativo para o Brasil, conforme informou o MDS em nota. “É um quadro regulatório que beneficia tanto quem precisa de cuidados como quem presta cuidados, promovendo a justiça social e a proteção destas pessoas”, apontou o ministro.
A proposta, que era uma das entregas previstas no Plano Brasil Sem Fome, incluía ampla coordenação entre Governo Federal, estados, municípios e sociedade civil. Segundo a secretária nacional de Política de Assistência e Família, Laís Abramo, a iniciativa foi resultado de diálogos com o Congresso Nacional e considerou projetos de lei já em tramitação.
“O atual modelo de cuidado, baseado nas famílias e principalmente nas mulheres, é insustentável. Caminhamos para uma nova organização social, onde o Estado e a sociedade compartilham essa responsabilidade”, explicou Abramo.
Ainda segundo o MDS, a senadora Zenaide Maia (PT-RN), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), reforçou a relevância da proposta. “O cuidado é uma política do bem comum, um ato profundamente humano e necessário”, declarou.
Próximas etapas
O texto prevê que, uma vez sancionado, o governo federal elabore um Plano Nacional de Cuidados, com ações concretas para ampliar os serviços e garantir trabalho digno aos cuidadores, remunerados ou não. Além disso, o plano deve incluir medidas para reduzir a sobrecarga de trabalho nos lares e reconhecer o papel social do cuidado.
A Política Nacional de Assistência não sofreu alterações durante sua tramitação no Congresso. Na Câmara dos Deputados, onde o texto foi apresentado pelo deputado Leandre Dal Ponte (PSD-PR), obteve quase unanimidade, enquanto no Senado a votação expressou consenso entre apoiadores e opositores do governo.
A proposta foi elaborada com a participação de mais de 20 ministérios e contou com contribuições de organizações da sociedade civil e referências de outros países latino-americanos. Se sancionado, o Brasil se alinhará a uma tendência global de valorização do cuidado como um direito social e uma responsabilidade compartilhada.
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