O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta segunda-feira (27/5), que a Polícia Federal tome o depoimento do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso em decorrência das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.
Moares destacou no despacho que os investigadores devem assegurar o direito ao silêncio e a garantia da não incriminação. A PF terá cinco dias para realizar a sabatina.
Na semana passada, o delegado fez um pedido manuscrito para ser ouvido pela PF. Instado a responder à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Rivaldo pediu “pelo amor de Deus” e “por piedade” que prestasse depoimento. Ele está preso no presídio federal de Brasília.
Além do delegado, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o deputado federal (União-RJ) Chiquinho Brazão foram denunciados ao Supremo pela PGR por homicídio e organização criminosa. Todos estão presos por ordem de Moraes por suposto envolvimento no assassinato do vereador.
Segundo as investigações, o ex-chefe da Polícia Civil deu instruções, a mando dos irmãos Brazão, para realizar os disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Após a apresentação da denúncia, a defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do homicídio e que apontou o delegado e os irmãos Brazão como participantes do crime.
Ronnie Lessa diz que matou Marielle porque prometeu liderar a milícia
O ex-policial militar Ronnie Lessa disse que matou a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) com a promessa de que se tornaria um dos líderes de uma nova milícia em Jacarepaguá, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo ele, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão lhe ofereceram um loteamento clandestino avaliado em milhões de reais. As declarações constam do acordo de delação premiada de Ronnie Lessa e foram obtidas pelo programa Fantásticoda TV Globo.
“Havia muito dinheiro envolvido. Na época custaria mais de 20 milhões de dólares. Não estamos falando de pouco dinheiro (…) Ninguém recebe oferta para receber dez milhões de dólares simplesmente por matar uma pessoa ( …) Então, na verdade, eu não fui contratado para matar Marielle como matador de aluguel, fui chamado para uma parceria”, disse Lessa, em nota.
Com informações da Agência Brasil.
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