Em um esforço para fortalecer a governança e a eficiência das empresas estatais brasileiras, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, detalhou nesta segunda-feira (12/9) três novos decretos propostos pelo presidente Lula. As iniciativas buscam alinhar a gestão dessas empresas às demandas estratégicas do país, melhorar sua sustentabilidade financeira e fomentar a inovação.
As empresas estatais desempenham papel fundamental na economia brasileira, contribuindo com cerca de 6% do PIB nacional e gerando mais de 400 mil empregos diretos. Operam em setores estratégicos como energia, petróleo, governo digital e reindustrialização. Contudo, desafios relacionados com a governação e a sustentabilidade financeira motivaram a proposta de novas medidas.
“Embora conheçamos grandes empresas, como Petrobras, BNDES, Banco do Brasil e Caixa, o Brasil possui 44 empresas estatais, além de suas subsidiárias. Elas são cruciais para o desenvolvimento do país e precisam de uma gestão moderna e eficiente”, destacou. Ministro Dweck.
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O ministro enfatizou a importância de reestruturar as empresas em dificuldades financeiras e melhorar a sua capacidade de geração de receitas. “Queremos remodelar modelos de negócios e inovar, principalmente em empresas que enfrentam desafios financeiros. O objetivo é garantir que essas empresas contribuam ainda mais para a sociedade, com soluções sustentáveis e inovadoras”, afirmou Dweck.
Entre os setores destacados pelo ministro estão o governo digital, com empresas estatais essenciais para a transformação digital do país, e a reindustrialização, onde essas empresas desempenham um papel crucial na estratégia do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Entenda os três decretos apresentados:
1. Atualização da governança institucional: O primeiro decreto visa atualizar a Comissão de Governança das Empresas Estatais (CGE), criada em 2007, adequando-a às legislações mais recentes, como a Lei das Estatais de 2016. A atualização consolida a participação de três ministérios-chave – Casa Civil, Ministério da Gestão e Finanças – na condução das diretrizes estratégicas, eliminando decisões operacionais que antes eram delegadas à comissão.
2. Estruturação do sistema de fiscalização: O segundo decreto regulamenta o Sistema de Estruturação das Empresas Estatais, estabelecendo modelo semelhante ao que já existe para o orçamento federal e o Tesouro Nacional. Cria um canal direto entre os 16 ministérios de tutela e a Secretaria de Governança e Coordenação das Empresas Estatais, promovendo maior alinhamento e eficiência na administração das empresas.
3. Inovação e sustentabilidade empresarial: O terceiro e mais inovador decreto busca modernizar a gestão empresarial, aumentar a capacidade de inovação e garantir a sustentabilidade financeira das empresas estatais. A proposta inclui remodelar modelos de negócios, discutir a participação empresarial e firmar acordos de cooperação técnica para melhorar resultados e gerar maior valor para a sociedade brasileira.
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