O governo federal deve publicar, até amanhã, uma portaria para liberar o pagamento de R$ 3 bilhões em emendas ao Pix neste ano. Foi o caminho encontrado para superar a crise que se agravou, no âmbito do Congresso, com o repúdio pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), dos argumentos da Advocacia-Geral da União (AGU) para reconsiderar e torná-la menos rigoroso. as regras que impôs para o repasse de recursos federais para custear emendas parlamentares. No final da tarde de ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não apenas para informá-los sobre a solução desenhada pelo Palácio do Planalto, mas também para pedir-lhes o compromisso de aprovar a reforma tributária e o pacote de cortes do governo.
Ontem, o Palácio recebeu uma dura mensagem sobre a insatisfação dos parlamentares com as regras definidas por Dino para as alterações. A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em que seria lido o relatório da reforma tributária, elaborado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), foi suspensa por falta de quórum poucos minutos após sua abertura.
Na reunião no Palácio, Pacheco e Lira pediram a Lula um “gesto de boa vontade” em relação às emendas para que as votações no Congresso sejam realizadas. A solução, a princípio, é o decreto, assinado em conjunto pela Casa Civil e pela AGU, que interpreta a decisão de Dino com cuidado para não violar a decisão do ministro. A reunião contou com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), além de líderes do governo no Congresso (senador Randolfe Rodrigues, PT-AP), no Senado (Jaques Wagner, PT-BA) e na Câmara (José Guimarães, PT-CE).
Segundo interlocutores de Lula e os ministros, a AGU também publicará parecer, com orientações sobre a decisão de Dino, para os ministérios que tiverem emendas parlamentares. Representa que os departamentos custearão as emendas, especialmente as de comissão — consideradas obscuras, de destino incerto e sem identificação do parlamentar que as propôs — de acordo com as regras estabelecidas pelo ministro. A medida teria sido bem recebida por Pacheco e Lira.
Ao chegar ao Ministério da Fazenda, Fernando Haddad admitiu que Lula conseguiu encontrar uma boa solução com Pacheco e Lira para destravar os votos no Congresso. “O presidente Lula se reuniu com os presidentes dos [Pacheco e Lira]. Ele concordou com uma linha de acção que, do meu ponto de vista, vai ao encontro dos desejos dos parlamentares. Quem está fazendo as contas sabe que as medidas estão indo na direção certa”, destacou Haddad.
Os presidentes do Senado e da Câmara se comprometeram a levar as soluções encontradas pelo Palácio aos líderes partidários e de bancada no Congresso. E fazer um esforço para convencer que o governo está trabalhando para superar a situação causada pela decisão de Dino. Isso porque, entre os parlamentares — principalmente os do Centrão — havia suspeita de que havia um jogo concertado entre o Palácio e o ministro do STF para dificultar a liberação de emendas.
Haddad disse ontem que cada vez que as medidas do pacote fiscal são esclarecidas, há um entendimento maior de que as propostas são “razoáveis”. Ele fez a afirmação ao ser questionado sobre o risco de o próprio PT desidratar o pacote enviado pelo governo. “Cada vez que se esclarecem os números, e a razão das medidas, entende-se que estamos a falar de coisas razoáveis. Colocar ordem no cadastro, adequar o perfil do beneficiário à intenção do legislador, são coisas muito razoáveis”, disse. (Com Agência Estado)
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