A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira, de forma simbólica, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024 que trata da regulamentação da reforma tributária. Após uma tarde de trabalho no texto base, as emendas destacadas pelos partidos e senadores foram defendidas e votadas. A proposta deve ser analisada em plenário, nesta quinta-feira, às 10h, em regime de urgência.
O relator do projeto, senador Eduardo Braga (MDB-AM), incorporou 20 alterações ao texto, total ou parcialmente. Durante a análise, a oposição conseguiu aprovar um destaque do PL, que retira armas e munições do Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”. Um dos dispositivos mais polêmicos do projeto, o trecho incluído pelo relator também foi retirado na fase anterior de tramitação na Câmara.
Os parlamentares também excluíram da tributação extra as bebidas açucaradas —destinadas a produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Além disso, a erva-mate foi incluída na cesta básica nacional.
No total, o projeto recebeu mais de 2 mil pedidos de reajustes de comissão. A sessão, que começou às 15h02, levou cinco horas e meia para que o texto-base fosse votado —a longa discussão do assunto contou com 39 palestrantes.
Nove senadores da oposição se manifestaram contra o texto: Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Izalci Lucas (PL-DF), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Gomes (PL-SE), Jorge Seif (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Nos últimos dois dias, o relator foi assediado por lobistas de diferentes setores económicos com exigências variadas de inclusão no projeto. Os senadores que não tiveram emendas aceitas total ou parcialmente também tentaram continuar as negociações com Braga ao longo da tarde.
O relator afirmou que a inclusão de armas no imposto seletivo não se deu por uma questão “ideológica”, mas sim de “convicção pessoal”. O senador Flávio Bolsonaro rebateu o argumento. “Estamos discutindo um aumento de tributação com base no aumento da violência. Cogita-se aumentar a tributação de armas e munições como se isso resultasse em algum impacto no aumento da violência, quando, na verdade, é exatamente o que está acontecendo. pelo contrário: os criminosos não compram armas nas lojas”, frisou.
“Isso está penalizando aquelas pessoas que, cumprindo os requisitos legais, querem ter acesso a uma arma de fogo para ter em casa, para defesa de si e dos seus bens. com as exigências legais é exatamente ter uma arma em casa”, defendeu Bolsonaro.
Tal como está, itens díspares, como armas, munições, perfumes e roupas, mantêm a taxa de imposto padrão. “O que estamos falando aqui não é de proibição de armas. É uma posição de quem quer que armas e munições não tenham redução de carga tributária porque, como diz o texto, estávamos reduzindo a tributação”, argumentou Braga .
Ele continuou: “Em segundo lugar, as Forças Armadas e a segurança pública não pagam imposto seletivo. Em terceiro lugar, os policiais militares que se prezem têm campo de tiro, têm que treinar seus policiais e seus alunos quando passarem no concurso público. não é feito na faixa particular e particular. Isso (estande privado) é feito para milicianos, segurança privada”.
Medicação
A opinião de Braga manteve a carne na cesta básica com alíquota zero. A versão final do parecer inclui, entre as linhas de cuidado que terão medicamentos isentos de impostos, aqueles relacionados ao diabetes mellitus. A lista já incluía medicamentos relacionados a tratamentos oncológicos, doenças raras, IST e AIDS, além de doenças negligenciadas, vacinas e soros.
Também foi alterado o dispositivo que prevê projeto de lei complementar para estabelecer medicamentos vinculados a linhas de cuidado que serão isentas de tributos. No parecer anterior estava previsto um ato conjunto do Ministério das Finanças e da Comissão de Gestão do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), ouvindo o Ministério da Saúde, para estabelecer a lista de tributação. “Assim, o Congresso Nacional terá que se debruçar sobre a questão, ainda que estritamente técnica, para promover medicamentos com redução a zero nas alíquotas dos referidos tributos”, destaca o texto.
Criada após meses de negociação, a matéria aprovada altera diversos pontos do regulamento aprovado pela Câmara em julho. Com isso, deverá voltar para análise dos deputados, que também prevêem uma avaliação acelerada, até a próxima semana, antes do recesso parlamentar.
Tanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretendem encerrar seus mandatos à frente das casas legislativas no final deste ano, tendo concluiu a fase de regulamentação da reforma.
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