Hoje, o Ministério da Saúde promove o Dia D contra a Dengue, iniciativa que visa conscientizar a população sobre a necessidade de ações preventivas para evitar a disseminação do Aedes aegypti, que além da dengue, é vetor de transmissão da doença. o zika e a chikungunya. Serão realizadas ações educativas, mutirões de limpeza e atividades de conscientização. Agentes comunitários de saúde e de controle de doenças endêmicas orientarão as famílias sobre como eliminar os focos do mosquito.
O lema da campanha é “Está com sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”. Este ano, foram registrados até o momento cerca de 7 milhões de casos e quase 5 mil mortes por dengue, ante cerca de 1.100 mortes pelo vírus em 2023, segundo dados do Ministério da Saúde. Até o final deste ano, estima-se que o Brasil terá ultrapassado a marca histórica de 6,6 milhões de pessoas com suspeita de dengue. Em março, quase 2 milhões de notificações superaram o recorde da série histórica de medições — que começou a ser coletada em 2000 —, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do ministério.
O governo federal está investindo R$ 1,5 bilhão neste novo ciclo, que é marcado pelo início do verão, que começa no dia 21. O aumento da temperatura e da umidade nas cidades são fatores que contribuem para a transmissão do vírus da dengue.
Além disso, segundo o relatório do plano de ação do governo federal, a alta densidade populacional, as deficiências na coleta de lixo urbano e na distribuição regular de água potável também influenciam as estatísticas. O Ministério da Saúde inclui entre os fatores de proliferação do mosquito e avanço de doenças a intensificação dos impactos das mudanças climáticas.
“Existem diversas regiões com transmissão [do vírus] muito alto. Existem áreas com alta transmissão de chikungunya em Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, e isso também é outra preocupação. O Aedes está em praticamente todos os municípios e com níveis de infestação suficientes para causar epidemias”, alerta o epidemiologista e professor André Ribas Freitas, da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas (SP).
Prevenção
Contra a dengue, o principal é eliminar os reservatórios de água estagnada, ambiente que facilita a reprodução do mosquito. O Ministério da Saúde recomenda virar garrafas e recipientes vazios de cabeça para baixo, principalmente se esses objetos estiverem ao ar livre, pois acumulam água da chuva.
Outras medidas importantes são: cobertura de caixas d’água, tambores e cisternas; limpar e trocar regularmente a água dos vasos e pratos; e mantenha o quintal limpo. Retirar o lixo de terrenos baldios e áreas externas, descartar o lixo corretamente e colocar areia nos vasos de plantas também contribuem para evitar a proliferação do mosquito.
A campanha também alerta para os sintomas da dengue: febre, dores atrás dos olhos e manchas vermelhas pelo corpo. É recomendado não tomar analgésicos para não mascarar a doença e procurar imediatamente as Unidades Básicas de Saúde.
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