O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, comentou em suas redes sociais a prisão do ex-ministro do Governo Bolsonaro, Walter Braga Netto. Na manhã deste sábado (14/12), Pimenta afirmou que espera que “todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados por atentados à nossa democracia”.
O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados por atacarem a nossa democracia! pic.twitter.com/sWZsShoVki
—Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) 14 de dezembro de 2024
Braga Netto foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta manhã, no Rio de Janeiro, sob a acusação de interferir na produção de provas em inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.
A ação incluiu a execução de um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa de prisão, expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em Brasília, o coronel Pereguino, ex-assessor de Braga Netto, também foi alvo da operação.
Segundo a PF, as medidas visam evitar “a reiteração de ações ilícitas” e garantir a continuidade das investigações.
A operação
O ex-ministro Walter Braga Netto foi preso, na manhã deste sábado (14/12), pela Polícia Federal, no âmbito do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A prisão ocorreu no Rio de Janeiro, sob acusação de obstrução à justiça, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Também foi executado mandado de busca e apreensão contra o ex-assessor do general, em Brasília, coronel Flávio Botelho Peregrino.
Segundo a corporação, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa de prisão “contra indivíduos que estariam dificultando a livre produção de provas durante a investigação processual penal”. Ainda segundo a corporação, as medidas legais visam evitar a repetição de ações ilícitas.
Em nota divulgada no início do mês, a defesa do general, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou que “não tinha conhecimento do documento que tratava de um suposto golpe de Estado”. , muito menos o planejamento do assassinato de alguém.”
O soldado havia sido indiciado pela Polícia Federal em novembro. A PF atribui ao general os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Ao todo, as penas máximas previstas chegam a 28 anos de prisão.
Plano de golpe
Braga Netto é apontado pela Polícia Federal como figura central na tentativa de golpe. O relatório de investigação da corporação afirma que “as provas obtidas ao longo da investigação mostram a sua participação concreta em atos relacionados com a tentativa de golpe de Estado e a abolição do Estado democrático de direito, incluindo a tentativa de constranger e obstruir este procedimento”.
O plano golpista, segundo a corporação, incluía planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Na época do indiciamento, o general também se pronunciou no X, antigo Twitter: “Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro de golpe’. Que haja criatividade…”
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de campo de Bolsonaro, afirmou, em depoimento à PF no dia 5 de dezembro, que Braga Netto entregou dinheiro a soldados das Forças Especiais, conhecidos como “crianças negras”, para financiar o plano golpista. A informação também é rejeitada pela defesa do general.
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