O general Walter Braga Netto, preso sob a acusação de obstruir a investigação que investiga uma tentativa de golpe de Estado, é apontado pela Polícia Federal (PF) como figura central na organização criminosa que supostamente planejava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo seria manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições presidenciais de 2022.
Segundo a investigação, o plano golpista incluía a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além do assassinato do então presidente eleito, Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF, Alexandre de Moraes. . Segundo a PF, Braga Netto não só tinha conhecimento do plano como também financiou os golpistas que realizariam a operação.
Em novembro, o general Walter Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL Valdemar Costa Neto, o general Augusto Heleno e outras 36 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal por envolvimento direto ou indireto na trama golpista. Confira abaixo os principais pontos da investigação:
Prisão preventiva
Embora seja apontado pela Polícia Federal como peça central na preparação do golpe, a prisão de Braga Netto neste sábado, 15, não está formalmente ligada à sua participação direta na trama golpista, mas às suas ações para dificultar o andamento do golpe. investigações conduzidas pela polícia.
Segundo a PF, o general tentava obstruir as investigações por meio de ações como buscar acesso a informações sigilosas do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, combinar versões de depoimentos, coagir testemunhas ou eliminar provas. A defesa do militar, porém, nega que ele tenha tentado atrapalhar as investigações e afirma que o general não tinha conhecimento de qualquer plano de golpe ou tentativa de assassinato.
A prisão preventiva de Braga Netto não representa aplicação antecipada de punição pelos supostos crimes relacionados à trama golpista. Seu objetivo é evitar que o acusado cometa novos crimes ou interfira no andamento do processo, seja destruindo provas, ameaçando testemunhas ou tentando fugir.
Figura central na trama golpista
Braga Netto é apontado pela Polícia Federal como figura central na trama golpista. Segundo as investigações, o general da reserva teria entregue dinheiro em uma sacola de vinho a oficiais das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “crianças negras”, para financiar o plano de assassinato de Lula, Alckmin e Moares. Além disso, afirma a Polícia Federal, a casa do soldado em Brasília teria sido utilizada para reuniões da organização criminosa que planejou o golpe.
O dinheiro teria sido entregue ao major Rafael Martins de Oliveira, preso na Operação Contragolpe, e seria utilizado para “financiar as despesas necessárias à realização da operação”. A informação foi revelada por Mauro Cid em depoimento à polícia. Segundo Cid, Braga Netto teria dito que o dinheiro “foi obtido de gente do agronegócio”. A Polícia Federal, porém, ainda não identificou a origem dos recursos.
A PF acusa Braga Netto de tentar pressionar militares a participarem da tentativa de golpe ao longo de dezembro de 2022. Entre os alvos estariam o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, e o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior. Segundo a PF, Bolsonaro se reuniu com Freire Gomes e apresentou argumentos jurídicos para justificar uma “ruptura democrática”, mas o comandante do Exército rejeitou a proposta.
PGR deve decidir sobre o andamento das investigações
Em novembro, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro, Braga Netto e outras 38 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Combinadas, as penas máximas para esses crimes chegam a 28 anos de prisão. O relatório foi acatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e enviado à Procuradoria-Geral da República, órgão máximo do Ministério Público (MP).
As investigações mostram que o planejamento para a ruptura democrática incluiu reuniões com a cúpula das Forças Armadas, minutas de atas golpistas, planilha com detalhes do golpe, minutas do “gabinete de crise” que seria instalado após a ruptura e até um envenenamento plano para Lula e eliminar Moraes com a bomba.
Seguindo o processo legal, caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se encerra as investigações, o que significa o arquivamento do caso, ou se denuncia o arguido ao Supremo Tribunal, o que levará o Tribunal a analisar a acusação e tornar réus os investigados. . Caso o STF receba a denúncia, será aberta uma ação penal contra os Bolsonaros e seus aliados, com julgamento e definição de culpados e inocentes.
Além disso, caberá ao ministro Alexandre de Moraes avaliar o pedido e ordenar que a PF tome medidas, como ampliar as investigações.
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