O prefeito de Delta, cidade do Triângulo Mineiro, Marcos Roberto Estevam (PNM) foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nesta segunda-feira (16/12), pelo crime de peculato. Conhecido como “Markim”, o político foi alvo da Operação Limpidus, que cumpriu 20 mandados de busca e apreensão no município mineiro e em Igarapava, no interior de São Paulo, onde nasceu.
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Segundo a polícia, foram apreendidos celulares e documentos relacionados à investigação, que apura crimes cometidos por servidores e agentes políticos contra a administração pública. O peculato ocorre quando um servidor público se apropria de bens em benefício próprio ou de terceiros, em razão do cargo que ocupa. A pena para o crime é reclusão de 2 a 12 anos e multa.
A ação é um desdobramento da operação “Cisvallegran”, ocorrida em maio de 2022. Na época, foram cumpridas medidas cautelares em Uberaba, Delta, Ribeirão Preto (SP) e Guaíra (SP), em investigações que apontavam corrupção em aos cofres do Consórcio Centro Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Grande (Cisvalegran).
A instituição informou ainda que as vistorias continuam em andamento no Delta, e “os materiais apreendidos serão analisados para posterior investigação”. O Estado de Minas entrou em contato com a Prefeitura de Delta para se posicionar e aguarda retorno.
Com a prisão do prefeito, o deputado Joaquim Lopes de Souza (PP) deve assumir o cargo do Executivo municipal até o final do ano, quando a prefeita eleita Leriane Souza (PP) assume o cargo. Marcos Roberto foi prefeito de Delta por dois mandatos, tendo “disputado” as urnas em 2020 com candidatura única.
Valéria Reis (Mobiliza) é a atual secretária de Fazenda do município e concorreu à prefeitura na última eleição apoiada por Marcos Roberto. Reis obteve 33% dos votos, enquanto o candidato eleito obteve 56,6% do eleitorado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade tem 10,4 mil habitantes.
A história se repete
No ano passado, o ex-prefeito de Delta, Jorge Manoel da Silva, à época PMDB, foi condenado por fraude em processo licitatório e improbidade administrativa. Ele terá que reembolsar R$ 143.570,37 aos cofres públicos.
A sentença foi resultado de uma ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em 2012, após suspeita de irregularidades na contratação de uma empresa, por meio de carta-convite da Prefeitura de Delta, em 2003, para fornecer artefatos. de cimento. O promotor acusa a prefeitura de pagar por mercadorias não entregues.
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