Após a aprovação do regulamento da reforma tributária pelo Congresso Nacional, os relatores do projeto, Reginaldo Lopes (PT-MG), na Câmara dos Deputados, e Eduardo Braga (MDB-AM), no Senado, destacaram a importância histórica do feito e os impactos esperados para o país. O debate aconteceu durante o evento CNN Talks Tax Reform, nesta quarta-feira (18/12).
Para Reginaldo Lopes, a reforma tributária aprovada simboliza uma ruptura com as distorções históricas que marcaram o sistema brasileiro. “Do ponto de vista conceitual, estamos reposicionando o Brasil no cenário internacional de boas práticas em tributação do consumo, e as mudanças permitirão a reindustrialização do país”, afirmou o parlamentar. Lopes acredita que o novo modelo pode contribuir para o crescimento económico, com repercussões no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e na redistribuição da riqueza no país.
Eduardo Braga, por sua vez, explica que a aprovação representa a primeira grande reforma tributária realizada sob regime democrático no Brasil. “Tivemos o trabalho, e esse talvez tenha sido o maior mérito, de fazer a reforma que era possível num regime democrático, onde a correlação de forças é diferente”, explicou o senador.
Destaca as inovações introduzidas pela proposta, como a pagamento divididoque permite maior transparência e segurança na cobrança de impostos, e lembra-nos que a simplificação das regras e a redução dos litígios contribuirão para a redução da taxa efectiva de imposto.
O texto final da reforma, aprovado na última terça-feira, trouxe ajustes que alteraram as projeções iniciais para a alíquota referencial dos novos tributos. Após a primeira votação na Câmara, em julho, o Ministério da Fazenda estimou que a alíquota seria de 27,97%. Porém, o número subiu para 28,7% após aprovação no Senado.
As mudanças aprovadas pelos deputados na última etapa, incluindo a exclusão de benefícios fiscais para o setor de saneamento, indicam redução de 0,7 ponto percentual, levando a alíquota para aproximadamente 28%.
Embora ainda acima do teto de 26,5% estabelecido pelos parlamentares, o ajuste é visto como um avanço pelos relatores. Lopes e Braga sublinham que o esforço negocial reflecte a complexidade de implementar uma reforma abrangente, que mude paradigmas na tributação do consumo.
Impactos esperados
A reforma tributária visa simplificar o emaranhado de impostos sobre o consumo no Brasil, substituindo o sistema atual por dois impostos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). A promessa é de maior previsibilidade, competitividade e justiça fiscal, reduzindo a complexidade para as empresas e promovendo o desenvolvimento económico.
Com a sanção presidencial, prevista para os próximos dias, o Brasil iniciará um processo de transição, que deverá durar vários anos, até que o novo modelo seja totalmente implementado. Para Lopes, o impacto será profundo: “Estamos corrigindo distorções que só existiam no Brasil, nos alinhando às melhores práticas globais”.
Eduardo Braga reforça a importância de continuar a monitorizar os efeitos da reforma para garantir que as mudanças dão os resultados esperados. “Esta é uma conquista do regime democrático e do diálogo, mas o trabalho não fica por aqui”, concluiu.
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