A taxa de alfabetização infantil recuperou, e até superou, a percentagem pré-pandemia. Ontem, o governo federal divulgou os resultados do Índice de Alfabetização Infantil, criado no ano passado para padronizar a avaliação no país. Segundo a pesquisa, 56% das crianças matriculadas no segundo ano do ensino fundamental são alfabetizadas, período considerado ideal. Em 2019, a taxa era de 55% e caiu para 36% em 2021, após mais de um ano de restrições por conta da Covid-19.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do anúncio, no Palácio do Planalto, e comemorou a recuperação aos níveis pré-pandemia. No entanto, destacou que o número “não é motivo de orgulho”. O governo anunciou, ao lançar o índice em 2023, que a meta é atingir 80% de alfabetização no segundo ano do ensino primário até 2030.
“Não há motivos para nos orgulharmos de ver que, em 2019, apenas 55% das crianças eram alfabetizadas na idade certa. Propomos aqui que, até 2030, cheguemos a pelo menos 80%. mas é pequeno. Temos que chegar a 100%”, disse.
O novo índice é calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e substitui o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) para medir a alfabetização infantil. A taxa de 56% é uma média nacional, com unidades da Federação abaixo da meta e outras que a ultrapassam.
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O governo também anunciou que trabalhará em conjunto com os estados, o Distrito Federal e os municípios para atingir a meta traçada até 2030. Lula destacou, porém, que o objetivo não é criar concorrência ou concorrência entre entes federados, que apresentam desigualdades na gestão. Educação pública.
“Vamos monitorar todo mundo, não para competir entre quem fez mais e quem fez menos. Mas para que possamos orientar como melhorar o que não está bom e divulgar o que está bom”, enfatizou o presidente.
O Ceará é a única unidade da Federação que ultrapassou os 80% de alfabetização infantil e atingiu o percentual no ano passado. “Atingimos uma meta que está projetada para o país em 2030. Nosso objetivo agora é que 100% das nossas crianças alcancem a capacidade de ler e escrever no segundo ano do ensino fundamental”, comentou o governador Elmano de Freitas, presente na evento.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, comemorou os resultados do estado. “Passamos de 39% para 67%. O Ceará implementou isso há 20 anos. Estabelece uma meta para que possamos chegar ao nível do Ceará”, afirmou.
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