Rio de Janeiro (RJ) – “Qual é o seu sonho?” Essa é a questão da nova exposição do Museu do Amanhã, conhecido complexo de construção projetado pelo arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava na Praça Barão de Mauá. Intitulado Sonhos: história, ciência e utopiaa exposição, que começou no dia 18, faz um passeio pelo termo desde os aspectos biológicos até o lado mais surrealista, onírico e esperançoso do ato de sonhar. A curadoria é assinada pelo neurocientista brasiliense Sidarta Ribeiro, que também é professor titular e um dos fundadores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos (CEE). ) na Fiocruz.
Dividido em Labirinto — Somos descendentes de sonhadores, Meditação – Crie sonhos, O sono é a cama dos sonhosa exposição conta com obras cedidas pelo Museu de Imagens do Inconsciente e Utopias e faz um passeio histórico pelas noções culturais e científicas dos sonhos. De forma interativa, a exposição leva o público a uma viagem que começa no passado dos sonhos, passa pelas questões que acontecem no cérebro humano e animal, convida o público a sonhar e apresenta um salão de sonhadores que vai de Gilberto Gil a Yoko Ono.
A ideia é reunir diversas perspectivas sobre o assunto em um mesmo lugar. “Buscamos dialogar com as ciências, não só com a ciência comumente representada, mas também com as ciências indígenas e as ciências africanas presentes no Brasil”, diz Sidarta Ribeiro. “Estas culturas lidam com isto de uma forma extremamente irreverente, extremamente curiosa e interessada”, acrescenta.
O curador do Museu do Amanhã, Fabio Scarano, entende que a sociedade como um todo vive uma crise de imaginação e que sonhar é essencial para fazer o mundo avançar. Ele classifica a exposição como “um universo, uma diversidade gigantesca de formas de lidar com os sonhos”. Scarano também elogia a curadoria. “Sidarta foi uma escolha óbvia, pois, além de neurocientista e pesquisador dos sonhos, também possui um profundo conhecimento de outras visões de mundo sobre os sonhos”, afirma.Sidarta concorda que existe uma dificuldade em sonhar. “Vivemos num mundo urbano contemporâneo onde as pessoas dormem tarde, acordam cedo e, em quase todo o lado, falar de sonhos é um disparate, irrelevante”, reflecte o neurocientista, que indica, com base nos ensinamentos do livro A queda do céupor Bruce Albert e Davi Kopenawa Yanomami, os perigos disso. “O abandono do sonho é o abandono do futuro dos nossos filhos e o abandono da perspectiva de que este planeta é um ótimo lugar para todos”, acrescenta.
O trabalho que o brasileiro fez com o Museu do Amanhã, portanto, é incentivar o público a sonhar. “A exposição pretende despertar a vontade de sonhar e criar. Precisamos resgatar a arte de sonhar, que é antiga e difundida entre diversos povos”, afirma Sidarta, que tem grandes expectativas. “Queremos que as pessoas saiam transformadas, que vivam uma experiência onírica dentro da exposição”, exalta.
Porém, o cientista alerta que sonhar não é o fim, mas sim o caminho para os novos começos que a sociedade necessita. “Só sonhar não basta, é preciso sonhar e criar. Você tem que sonhar e agir de acordo com esse sonho e tem que ser algo coletivo. Não adianta cada um fazer a sua coisa, estamos num momento que exige muita coesão”, comenta. “O sonho tem a ver com o coletivo, com a construção de uma realidade social que não seja só de poucos. Mas, sim, para todos”, acrescenta.
Escolhas certas
A exposição faz parte do plano bienal do Museu, que tem como tema Inteligência. “O termo vem do latim e significa discernir ou escolher entre. Percebemos que a parte moderna da nossa espécie não escolheu muito bem”, explica Scarano, que entende que a ideia de procurar respostas em locais diferentes é a coisa certa a fazer. “Isto, para nós, é um museu de ciências, no plural. Porque buscamos criar um encontro entre ciência moderna, arte, diferentes espiritualidades e ancestralidades para unir tudo isso”, explica. “Num mundo em crise como o nosso, não podemos abrir mão de nenhum conhecimento. É importante que todos os tipos de conhecimento falem”, acrescenta.
As expectativas do curador não são apenas para esta exposição, mas para o futuro. “O museu é um ponto de encontro, uma zona de contacto. Então a nossa expectativa é que o museu faça florescer esses amanhãs. Somos um Museu que aposta muito na esperança, mas uma esperança que leva à ação”, almeja. O projeto Sonhos fica ao lado da exposição principal e dá início ao ciclo de aniversário de 10 anos do Museu do Amanhã. Situada no piso inferior do edifício, a exposição estará patente até dezembro de 2025, altura em que dará lugar à exposição Oceano.
*O repórter viajou a convite do Museu do Amanhã
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