Embora a pandemia de Covid-19 tenha terminado oficialmente, os seus impactos continuam a afectar o país. Recente pesquisa incluída no boletim semanal Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na última quinta-feira (19/12), alertou sobre o aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) relacionada à Covid-19 em vários estados brasileiros . A análise, que abrangeu a semana epidemiológica 50, entre 8 e 14 de dezembro, apontou aumento significativo de casos em estados como Ceará, Minas Gerais, Sergipe, Rondônia e Distrito Federal, principalmente entre idosos.
O Ceará continua com o cenário de crescimento já destacado em boletins anteriores, enquanto Minas Gerais registra os primeiros sinais de aumento, que atingem especialmente a população idosa. Há indícios de que o crescimento de casos em Sergipe, Rondônia e Distrito Federal esteja diretamente relacionado à Covid-19. Com ênfase na vulnerabilidade dos grupos de risco.
Nas últimas quatro semanas, o boletim mostrou que 38,6% dos casos de SRAG foram causados pelo rinovírus, predominante entre crianças e adolescentes. A Covid-19, porém, ainda é responsável por 31,1% das infecções e se destacou como principal causa de mortes por SRAG no período, representando 63,6% dos óbitos, sendo a maioria ocorrida entre idosos. Outros vírus também contribuíram para os casos, como o vírus sincicial respiratório (VSR), com 7,9%, e influenza A e B, com 7,6% e 7,3%, respectivamente.
O boletim destacou dez capitais com indícios de aumento de casos de SRAG: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB). ), Macapá (AP), Vitória (ES) e Rio Branco (AC). Em algumas dessas regiões, a incidência de casos também está associada às infecções por rinovírus, que afetam principalmente crianças e adolescentes.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Tatiana Portella, uma das responsáveis pelo Boletim InfoGripe, ressaltou a importância da prevenção. “Temos observado aumento de internações em crianças e adolescentes, principalmente associadas ao rinovírus. É importante que toda a população de maior risco, como idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades, esteja com a vacinação em dia. A vacina não previne a infecção, mas protege contra formas graves da doença e mortes”, destacou.
Portella também recomendou o uso de máscaras em espaços fechados e durante o período de festas de fim de ano caso haja sintomas de gripe. “Priorizar locais mais abertos e arejados pode reduzir as chances de transmissão”, reforçou.
Panorama
O Brasil enfrentou duas ondas de Covid-19 em 2024. A primeira, que começou no final do segundo semestre de 2023, impactou vários estados, enquanto a segunda, que começou em agosto, afetou principalmente São Paulo e a região centro-sul. O ano também foi marcado por surtos sazonais de gripe A e vírus sincicial respiratório, afectando principalmente idosos e crianças pequenas, respectivamente. “Tivemos também um período típico de vírus respiratórios sociais, que afetam principalmente crianças pequenas”, disse o pesquisador.
Apesar de uma redução global de 5% nos casos de SARS em comparação com 2023, as mortes por Covid-19 continuam preocupantes. Em 2024 foram registrados 78.739 casos de SRAG associados a vírus respiratórios, mostrando que a vigilância epidemiológica é fundamental.
A pesquisa Epicovid 2.0 do Ministério da Saúde revelou que uma em cada cinco pessoas que contraíram a Covid-19 continua a relatar sintomas persistentes mais de três anos após a infecção. Esses sintomas, conhecidos como Covid longa, incluem ansiedade (33,1%), cansaço excessivo (25,9%), dificuldade de concentração (16,9%) e perda de memória (12,7%). As mulheres e as populações indígenas são as mais afetadas, enfrentando impactos na saúde mental e física.
O infectologista Dalcy Albuquerque destacou a importância da vacinação: “É lamentável que ainda enfrentemos resistência à vacina. A pandemia pode piorar, como estamos vendo agora com o aumento de casos”, alertou.
Com a aproximação das festividades de fim de ano e o aumento de casos de Covid-19 em algumas regiões, o especialista recomenda que a população adote medidas de proteção, principalmente entre os grupos mais vulneráveis. A vacinação, o uso de máscaras e a escolha de ambientes ventilados continuam sendo ferramentas para mitigar os impactos das doenças respiratórias. (leia mais sobre a Covid na página 12)
*Estagiário sob supervisão de Renato Souza
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