Resolução conjunta publicada pelas Secretarias de Planejamento de Estado e de Governo reduziu o teletrabalho dos servidores públicos, que agora terão que trabalhar presencialmente pelo menos três vezes por semana. A regra já publicada no Diário Oficial de Minas Gerais, vale a partir de janeiro do ano que vem, e aumenta o número mínimo de dias de trabalho de um para três. trabalho presencial.
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O teletrabalho foi adotado todos os dias da semana pelo estado devido à pandemia de Covid-19, em abril de 2020. Após o pico da crise da doença, permaneceu em vigor em 49 órgãos e entidades estaduais, mas com a necessidade, a partir de 2023, o servidor deverá comparecer presencialmente a pelo menos um dia de trabalho, cabendo a cada departamento decidir pela implementação ou não da mesma, estabelecer regras específicas para sua eficácia, podendo ser revogada a qualquer momento conforme avaliação dos gestores.
Desde então, foi sucessivamente prorrogado, mantendo sempre a obrigatoriedade do trabalho presencial em pelo menos um dia da semana. Agora com a redução de dias, que entrará em vigor a partir da virada do ano, os servidores criaram o Movimento Teletrabalho para tentar convencer o Estado dos benefícios deste tipo de regime. E o principal argumento da categoria é financeiro.
Segundo o movimento, dados do Portal da Transparência do governo de Minas, onde são divulgadas as despesas do estado, indicam economia de recursos financeiros com luz, água, esgoto, impressos e aluguel de imóveis no valor de R$ 311.975.304,16, correspondente à diferença entre os valores comprometidos com os anos de 2019 e 2022.
O Movimento Teletrabalho aponta ainda que esses valores seriam suficientes para cobrir o déficit projetado pelo governo de R$ 200 milhões para o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), que motivou o projeto de lei já aprovado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). E ainda sobrariam recursos, destaca o movimento, para custear todos os insumos médicos hospitalares adquiridos pelo estado em 2024, no valor liquidado de R$ 105.680.881,24. Seria suficiente também, apontam autoridades, para quitar a terceira parcela do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que custou aos cofres do Estado neste mês R$ 296,2 milhões.
O movimento também cita números da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) que indicam redução de faltas para tratamento de saúde em 62,79%, em comparação aos dados dos anos de 2019 a 2022.
Funcionário ativo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e também diretor do Sindicato dos Servidores Públicos de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG), Hudson Eduardo Bispo, afirma que não há motivos financeiros ou de gestão que justifiquem a redução da jornada de trabalho teletrabalho. Segundo ele, desde a implantação desse regime, a produtividade e o controle da atividade dos servidores aumentaram, gerando benefícios para todos. “O Estado nunca foi tão eficiente”, garante.
Segundo ele, no teletrabalho há controle de metas e resultados, diferentemente do trabalho presencial, quando são contabilizadas apenas as horas passadas no local de trabalho. “O teletrabalho é muito mais eficiente do que o trabalho presencial”, defende Bispo. Para ele, a única explicação possível para esta decisão é política e relacionada com a disputa eleitoral de 2026. “Os servidores voltarão para mostrar às secretarias e aos Cidade Administrativa de olho nas eleições de 2026”, afirma Bispo.
Reunião
Um integrante do movimento, que é servidor público do setor saúde, disse que quando começaram os boatos de que o teletrabalho seria reduzido, antes mesmo da publicação da resolução conjunta, trabalhadores e entidades profissionais tentaram uma reunião direta com a Seplag e com O próprio governador Romeu Zema (Novo) para discutir o assunto, mas ele só estava previamente agendado para o dia 13 de janeiro, ainda pendente de confirmação da Seplag.
Segundo avaliação desta funcionária, que pediu anonimato, a própria Seplag, no último ato que manteve o teletrabalho com exigência de jornada presencial, publicado em setembro deste ano, admite que os dados são positivos, portanto, ela diz, não haveria razão para esse aumento de dias presenciais. “A avaliação da própria Seplag é que o teletrabalho também é favorável em termos de gestão e metas, portanto, no nosso entendimento, não há motivos para reduzir esse tipo de trabalho”.
O texto dessa resolução citado por ela diz que a avaliação é “favorável à manutenção do referido regime”, conforme relatórios de gestão de comitês internos e grupos gestores, declarações de titulares e análise da Seplag. Ela afirma ainda que em muitos locais de trabalho não há mais espaço físico para receber funcionários por mais dias presencialmente, pois muitos postos de trabalho foram fechados, principalmente em fundações, com a implantação do teletrabalho por parte do Estado.
O governo de Minas Gerais, por meio de nota, afirmou que a resolução da Seplag que prorroga o regime de teletrabalho permanente é publicada anualmente no mês de setembro, em conformidade com o Decreto nº 48.275, de 24 de setembro de 2021, que regulamenta a política de trabalho direto e autônomo. e administração pública fundacional do Executivo.
Por meio de nota, o governo afirmou ainda que “a adesão ou não ao regime de teletrabalho é facultativa aos órgãos e entidades estaduais, por meio de resoluções específicas de cada um deles. Há orientação do Governo de Minas para que, a partir de janeiro de 2025, os empregados deverão realizar pelo menos três dias de trabalho presencial por semana, conforme orientação de seu superior imediato.”
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