A receita do governo federal atingiu R$ 209,2 bilhões em novembro de 2024, melhor desempenho para o mês desde 2013, quando o valor arrecadado foi de R$ 210,2 bilhões, segundo dados divulgados ontem pela Receita Federal.
O resultado representa um aumento real de 11,2% em relação ao mesmo período de 2023, quando a receita foi de R$ 188,1 bilhões, corrigida pela inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Este crescimento reflecte os esforços do governo para aumentar as receitas públicas através de uma série de medidas fiscais e tributárias implementadas ao longo do último ano, muitas das quais foram aprovadas pelo Congresso Nacional. No acumulado do ano, a receita federal atingiu R$ 2,4 trilhões, consolidando o impacto das medidas adotadas e destacando um ano de recuperação fiscal para o governo.
O aumento significativo da receita é uma peça fundamental do plano do governo para equilibrar as contas públicas e atingir o ambicioso objetivo de colmatar o défice fiscal, que se regista desde 2014. O aumento da receita, aliado a um controlo mais rigoroso das despesas, tem sido um estratégia central para alcançar a estabilidade económica num cenário de desafios fiscais. O governo está agora a concentrar os seus esforços na sustentação do nível recorde de receitas em 2025, considerando a continuidade das medidas estruturais e o desafio de manter o equilíbrio fiscal num ambiente de crescentes exigências de investimentos sociais e infra-estruturas.
Especialistas apontam que o desempenho positivo da receita é um passo importante para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconquistar a confiança dos agentes financeiros e melhorar as perspectivas econômicas do país. No entanto, destacam a importância de medidas de longo prazo, como a reforma fiscal, para garantir um sistema mais eficiente e equitativo.
“Apesar do efeito estrutural de alguns desses dispositivos, é importante ressaltar que, excluídos os fatores considerados atípicos pela Receita, o aumento daqueles administrados entre janeiro e novembro seria de 7,7%, e não de 9,9%. Por exemplo, a tributação do estoque de fundos exclusivos rendeu, em 2024, R$ 13 bilhões e a atualização de bens e direitos no exterior, R$ 7,7 bilhões”, explicou nota da equipe econômica da Warren Investimentos.
Contribuições
Segundo Tiago Sbardelotto, economista da XP Investimentos, as principais contribuições para o crescimento da receita total em novembro (excluindo receitas previdenciárias) foram entidades financeiras (14,3%), comércio atacadista (21,6%), combustíveis (20,0%) e fabricação de automóveis (23,4). %). “Desde o início do segundo semestre de 2024, os sectores mais sensíveis à actividade económica e aos preços (como o comércio grossista e a indústria) têm tido um peso crescente no aumento das receitas”, afirmou.
Segundo Sbardelotto, a arrecadação de novembro foi, mais uma vez, apoiada pelo aumento da inflação, da atividade econômica e da desvalorização do real frente ao dólar. “Chamamos a atenção para a recuperação da receita do Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (IRPJ/CSLL), ambos relativos ao lucro das empresas. Isso indica que as empresas conseguiram repassar o aumento dos preços dos insumos aos consumidores graças ao aumento da demanda, o que provoca um aumento (temporário) nos lucros que pode ajudar na arrecadação de impostos”, disse ele.
O economista da XP destacou ainda que a instituição estima que, nos próximos meses, a arrecadação de impostos deverá continuar a aumentar substancialmente, uma vez que as condições econômicas permanecem inalteradas. Pelas projeções da instituição, a receita tributária crescerá 10% acima da inflação em 2024, atingindo recorde histórico de R$ 2,67 trilhões.
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com