O mercado de carros elétricos no Brasil atingiu um marco histórico em 2024, com 177.358 unidades vendidas, o que representa um crescimento de 89% em relação a 2023, quando foram vendidos 93.927 veículos. O desempenho superou todas as expectativas iniciais, inclusive a previsão da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), que previa 150 mil registros no ano.
Só em dezembro, as vendas atingiram 21.634 unidades, melhor resultado mensal da série histórica, iniciada em 2012, e salto de 30% em relação ao mesmo mês de 2023. Para o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, os números refletem consistência de crescimento da eletromobilidade no Brasil.
Segundo dados da ABVE, os veículos híbridos plug-in (PHEV) e os veículos 100% elétricos (BEV), conhecidos como plug-in, foram os maiores destaques do ano, com 125.624 unidades vendidas, representando 71% do mercado eletrificado. Comparado a 2023, quando foram vendidas 52.359 unidades, o segmento registrou um crescimento impressionante de 140%.
A ABVE considera como veículos eletrificados todas as tecnologias disponíveis no mercado brasileiro com algum grau significativo de eletrificação: veículos 100% elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos puros (HEV), híbridos gasolina/álcool (HEV Flex), e micro-híbridos e híbridos moderados (MHEV). “Foi um ano espetacular para a eletromobilidade, um ano de crescimento sustentável e de números muito impressionantes”, afirmou. “Temos muito o que comemorar”, acrescentou.
Bastos, no entanto, destacou que alguns dos chamados micro-híbridos que entraram no mercado nos últimos meses não proporcionam necessariamente ao consumidor e ao meio ambiente uma experiência real de eletromobilidade. “Alguns modelos não oferecem ao consumidor os benefícios de um verdadeiro veículo elétrico e pouco fazem para reduzir as emissões”, destacou Bastos.
A partir deste mês, as estatísticas da ABVE serão segmentadas, separando os micro-híbridos dos veículos que atendem aos critérios técnicos mínimos de eletrificação. “Teremos que pensar em separar as estatísticas destes modelos daquelas dos veículos que podem efetivamente ser considerados eletrificados. Segundo ele, é importante manter o foco no crescimento da indústria, na contribuição para o meio ambiente, na efetiva economia vantagens e o esclarecimento do consumidor sobre o que ele pode obter em troca de cada uma das tecnologias.
Mercado emergente
Com o aumento das vendas de carros elétricos, o Brasil está se tornando um dos principais mercados emergentes para veículos eletrificados. Iniciativas como a nomeação do Lactec como Centro de Competência em Smart Grid e Eletromobilidade pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) reforçam o compromisso com o desenvolvimento de tecnologias que integrem inteligência redes e a electrificação dos transportes.
Para Carlos Eduardo Ribas, diretor comercial do Lactec, a melhoria da infraestrutura de carregamento será um dos fatores decisivos para o avanço deste mercado. “As opções de eletropostos e centrais eletrônicas aumentam a cada dia, com equipamentos 100% nacionais, muito competitivos e ultratecnológicos. Isso diminui a insegurança no uso de veículos elétricos em viagens longas e no dia a dia”, explicou. “O futuro da mobilidade no Brasil passa pela eletrificação e pela construção de cidades mais inteligentes e sustentáveis”, acrescentou.
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