O presidente Joe Biden criticou o Meta nesta sexta-feira (10) por encerrar a verificação de conteúdo no Facebook e Instagram nos Estados Unidos, classificando a medida como “realmente vergonhosa”, após uma rede global alertar sobre os malefícios de estender essa decisão a outros países.
O diretor executivo da Meta, Mark Zuckerberg, causou surpresa nesta terça-feira ao anunciar que abandonaria seu programa de verificação de fatos com verificadores de fatos independentes nos Estados Unidos, para transferir essa tarefa aos usuários, seguindo um modelo semelhante ao da comunidade da rede notas. X.
A decisão foi vista pelos analistas como uma tentativa de apaziguar o presidente eleito Donald Trump, cuja base de apoio conservadora reclama persistentemente que a verificação nas plataformas tecnológicas é uma forma de restringir a liberdade de expressão e a censura.
“Acho que é realmente vergonhoso”, disse Biden a repórteres na Casa Branca quando questionado sobre a decisão de Meta. “Dizer a verdade importa”, frisou, acrescentando que a medida é “completamente contrária a tudo o que os Estados Unidos defendem”.
A rede internacional de verificadores de factos IFCN (International Fact-Checking Network) alertou esta sexta-feira numa carta sobre o impacto potencialmente devastador do fim do programa de Zuckerberg, que está presente em mais de 100 países.
“Alguns destes países são muito vulneráveis à desinformação, o que incentiva a instabilidade política, a interferência eleitoral, a violência popular e até o genocídio”, declarou a rede composta por 137 organizações, incluindo a AFP.
Zuckerberg dobrou em entrevista na sexta-feira ao podcaster Joe Rogan, comparando o programa de verificação de fatos a “algo de 1984”, em referência ao romance distópico de George Orwell.
Acrescentou que esta iniciativa, iniciada em 2016, estava “destruindo a confiança, especialmente nos Estados Unidos”.
– ‘Rigor e eficácia’ –
Ao anunciar sua decisão, Zuckerberg disse que os verificadores de fatos “foram excessivamente politizados e contribuíram para reduzir a confiança, em vez de melhorá-la”.
“Isto é falso e queremos restaurar a verdade, tanto para o contexto atual como para a História”, rebateu o IFCN, insistindo que os colaboradores da fact-checking da Meta foram sujeitos a uma metodologia “rigorosa” para cumprir os seus rigorosos padrões de imparcialidade.
Longe de questionar estes padrões, acrescentou, a Meta “elogiou sistematicamente o seu rigor e eficácia”.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, também insistiu esta sexta-feira que “autorizar discursos de ódio e conteúdos nocivos na internet tem consequências no mundo real”, e que “regular estes conteúdos não é censura”.
Além disso, no Brasil, a Procuradoria-Geral da República (AGU) deu à Meta 72 horas para explicar como as novas políticas da empresa sobre verificação de conteúdo afetarão o país e como a empresa protegerá os “direitos fundamentais” em suas plataformas.
O procurador-geral da República, Jorge Messias, disse aos jornalistas que a AGU poderá tomar “medidas judiciais e judiciais” contra o Meta caso não responda no prazo estabelecido à notificação extrajudicial apresentada esta sexta-feira.
Atualmente, o Facebook paga cerca de 80 organizações em todo o mundo para usar suas verificações na plataforma, bem como no WhatsApp e no Instagram. A Agence France-Presse (AFP) trabalha com este programa de verificação em 26 idiomas.
– Incitação ao ódio –
Os receios sobre um possível aumento do discurso de ódio aumentaram quando o Meta também removeu restrições sobre temas como género e identidade sexual.
A versão mais recente das diretrizes comunitárias da empresa diz que suas plataformas agora permitiriam que os usuários acusassem pessoas de “doença mental ou anormalidade” devido ao seu gênero ou orientação sexual, por exemplo.
Esta revisão da política Meta ocorre menos de duas semanas antes de Trump tomar posse para um segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro.
Nos últimos anos, os republicanos, assim como Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e muito próximo do presidente eleito, criticaram os programas de verificação de factos como uma forma de “censura”.
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