A COP29, sediada em Baku, no Azerbaijão, realizada em 2024, pela primeira vez na história, teve o turismo como tema de um dia inteiro de debates na programação oficial. Afinal, a indústria responde por 3% do PIB global, o que não é pouca coisa, além de ser responsável por 8,8% das emissões de gases de efeito estufa.
As discussões geraram uma declaração multilateral para tornar a atividade mais sustentável, ampliando inclusive o engajamento do setor no combate às mudanças climáticas e ajudando os viajantes a compreenderem seus impactos no clima.
Na reunião da Cúpula do G20, que aconteceu em novembro no Rio de Janeiro, foi entregue a Declaração de Belém, documento assinado por líderes do turismo das 20 maiores economias do mundo em setembro, na cidade de Belém/PA, com o compromisso de promover “turismo sustentável, resiliente e inclusivo”.
Diante disso, a oferta de ecoturismo ou turismo sustentável tende a crescer nos próximos anos, assim como a procura por esta modalidade.
O objetivo do ecoturismo é promover a visitação sustentável às áreas naturais, contribuindo para a biodiversidade, protegendo a fauna e a flora, reduzindo o desmatamento e mitigando as mudanças climáticas.
Além disso, o ecoturismo caracteriza-se por valorizar e respeitar as tradições, culturas e modos de vida das comunidades locais, contribuindo para o desenvolvimento e crescimento económico.
Segundo pesquisa realizada pela The Business Research Company em 2023, a expectativa é que até 2027 o mercado de ecoturismo cresça US$ 331,62 bilhões, com taxa de crescimento anual de 13,4%.
No Brasil, o ecoturismo começou a ganhar destaque a partir da ECO 92, realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro/RJ, impulsionando o mercado com tendências e propondo diretrizes e tratados com aplicação mundial. Foi neste evento que foi definida a Agenda 21, que identifica o Ecoturismo como uma prática conservacionista, comprometida com a natureza, a responsabilidade social e o desenvolvimento local.
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Benefícios na prática do ecoturismo
Os benefícios são muitos, não só para os viajantes, mas também para as comunidades locais, além, claro, do meio ambiente. Dentre eles, podemos destacar:
- Conservação da natureza: incentivo à proteção das áreas naturais e à preservação da biodiversidade;
- Financiamento de projetos: as receitas geradas pelo ecoturismo podem ajudar a financiar projetos de conservação;
- Consciência ambiental: oportunidade de educar os viajantes sobre a importância da preservação do meio ambiente, incentivando a adoção de práticas sustentáveis;
- Divulgação da cultura local: preservação da cultura local, valorizando as tradições, a arte, a gastronomia e os ritos locais;
- Saúde e bem-estar: atividades realizadas em contato com a natureza proporcionam melhor qualidade de vida, inclusive reduzindo o estresse e a ansiedade;
- Redução das emissões de carbono: ao escolher destinos de ecoturismo, os viajantes geralmente procuram opções com menor impacto ambiental, como alojamento sustentável, transportes públicos e atividades de baixo carbono.
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O Brasil é um dos países com maior biodiversidade pela riqueza de seus biomas (Amazônia, Mata Atlântica, Campos Sulinos, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Zona Costeira e Marítima) e seus diversos ecossistemas, apresentando um cenário rico para esse segmento e entre as regiões mais comuns para a prática do ecoturismo estão:
- Chapada Diamantina, na Bahia;
- Pantanal, em Mato Grosso;
- Alter do Chão, no Pará;
- Parque Nacional de Itatiaia, no Rio de Janeiro.
- Aparados da Serra e Serra Geral, no Rio Grande do Sul;
- Serra da Canastra, em Minas Gerais;
- Foz do Iguaçu, no Paraná;
- Serra da Mantiqueira, em São Paulo;
entre outros.
Desafios do ecoturismo
Embora o ecoturismo ofereça muitos benefícios, não é isento de desafios. É crucial evitar o “greenwashing” – práticas que são promovidas como sustentáveis, mas que têm um impacto ambiental negativo quando analisadas de perto.
Além disso, a crescente popularidade dos destinos de ecoturismo pode levar ao “turismo excessivo”, onde demasiados visitantes comprometem a saúde dos ecossistemas que deveriam ser preservados.
Por isso, todos os envolvidos precisam estar atentos para que o propósito da modalidade seja, de fato, cumprido.
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O futuro do ecoturismo em meio às mudanças climáticas
Com o aumento da consciência da crise climática, é provável que o ecoturismo cresça como um modelo de turismo responsável e transformador. Os governos, as ONG e o sector privado precisam de investir cada vez mais em projectos de ecoturismo que combinem a protecção ambiental com o desenvolvimento económico das comunidades locais.
Praticar um turismo sustentável não é apenas uma questão de escolha consciente dos viajantes, mas uma necessidade urgente face às alterações climáticas, oferecendo uma forma de viajar que respeite o planeta e contribua para a sua proteção.
*André Farias, sócio da Coevo.
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