Colocar Clicia Souza* e Christian Fernandes Rosa** — O início de um novo exercício financeiro – para a maioria das organizações, coincidindo com o ano civil – coloca na agenda das empresas brasileiras a necessidade de encerrar um ciclo e se preparar para um novo ano de desafios.
Ainda no que diz respeito aos esforços de Compliance corporativo, o início de um novo ano oferece às empresas empresárias uma excelente oportunidade de revisitarem os seus compromissos com a integridade, tema especialmente importante em tempos em que a reputação e o valor de uma marca estão cada vez mais associados ao seu envolvimento em temas de interesse social.
Este é o momento ideal para as empresas procederem a uma revisão crítica dos seus procedimentos e políticas de controlo, com vista a identificar eventuais lacunas em termos de eficácia ou eficiência. Compreender as causas de possíveis não conformidades permite desenhar um plano de ação concreto para o próximo ano, garantindo que os seus processos são eficazes no controlo dos danos e razoáveis em termos dos recursos necessários à sua execução. Alguns elementos dessa revisão e planejamento são essenciais para que as empresas estejam à altura dos desafios que um novo ano sempre apresenta.
Como indicam os requisitos de boas práticas internacionais, como a ISO 37301, sobre sistemas de gestão de compliance, a manutenção de uma cultura de compliance requer um plano de formação e comunicações periódicas, pelo menos mensalmente, para consciencializar os colaboradores e gestores das suas funções. e responsabilidades na mitigação de riscos legais. Isso inclui não apenas atualizar legislações e regulamentações, mas também reforçar a importância de seguir os controles internos e as boas práticas que permeiam o dia a dia da organização.
Dado que a exposição aos riscos é um fator dinâmico, que exige adaptação às condições internas e externas da organização, as empresas devem elaborar um plano específico de revisão dos seus mapas de risco, incluindo a renovação da avaliação de risco dos parceiros comerciais, fornecedores e outros stakeholders estratégicos. Esta revisão faz parte do monitoramento necessário de potenciais riscos que possam comprometer a integridade da empresa.
Um bom plano de compliance também deve estabelecer períodos para a realização de auditorias internas, focadas no cumprimento de políticas e procedimentos de compliance, cuidadosamente planejados. À medida que o sistema de compliance amadurece, poderá incluir auditorias externas, como aquelas focadas em certificação (como a certificação antissuborno, baseada na ISO 37001), medida para atestar os esforços de compliance de forma objetiva e transparente.
Todos estes elementos levam à necessidade de preparação para a alocação de recursos ao sistema de compliance. A disponibilidade de recursos humanos e financeiros é essencial para o sucesso de qualquer programa que vise mitigar de forma eficaz e eficiente os riscos das atividades empresariais.
Faz parte das responsabilidades da Alta Administração da empresa garantir que existam recursos adequados, autoridade e suporte para treinamento contínuo, análises de riscos e monitoramento do sistema de controle. Este investimento não só mitiga riscos, protegendo ativos e reputação, mas também acrescenta segurança ao desenvolvimento de médio e longo prazo, honrando a confiança de investidores, parceiros e demais stakeholders.
O início de ano representa um momento estratégico para as empresas revisitarem suas práticas e resultados, se organizarem e traçarem um planejamento sólido para o futuro. A combinação de treinamentos periódicos, revisões críticas de riscos e controles, auditorias planejadas e apoio à gestão garantem que as empresas não apenas cumpram suas obrigações legais, mas também criem um ambiente de integridade que preserve o crescimento sustentável e a criação de valor para todos os envolvidos. Ao planear um novo ciclo corporativo, as organizações estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios regulatórios e de mercado, ao mesmo tempo que promovem uma cultura de compliance e ética em todas as suas operações, garantindo a sustentabilidade do sucesso das suas operações.
*Sócio de Giamundo Neto Advogados; LLM, Universidade Temple
**Sócio de Giamundo Neto Advogados; mestre em Direito pela USP e em Gestão Econômica pela Paris I – Pantheon-Sorbonne
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