O Programa de Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), lançado pelo governo federal para oferecer condições mais favoráveis para as unidades da federação quitarem suas dívidas com a União, pode gerar impacto de até R$ 105,9 bilhões em receitas para os estados. cofres do governo, de 2025 a 2029. A estimativa foi divulgada nesta terça-feira (21/1) pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda.
A projeção do Tesouro considera dois cenários possíveis. Na primeira, todos os estados devedores não entregariam bens à União e teriam uma redução de até 20% no seu saldo devedor, com taxa de juros real de 0%. Nesse cenário, o impacto poderá chegar a R$ 105,9 bilhões em cinco anos.
A segunda possibilidade considerada prevê que os estados entreguem montantes significativos de ativos à União, além de não terem amortização, com aplicação de taxa de juros real de 2%. Diante disso, o Tesouro prevê um impacto fiscal positivo de R$ 5,5 bilhões ao final do período.
Apesar de considerar apenas esses dois cenários, o Tesouro ressalta que diversas outras variáveis devem ser levadas em consideração, pois cada estado teria liberdade para entregar ativos financeiros à União, de acordo com a legislação da Propag, estabelecida na Lei Complementar nº 212/2025.
Segundo o Tesouro, a União espera pacificar as relações do governo federal com os estados, bem como aumentar a previsibilidade no recebimento de ativos. Desta forma, o governo espera reduzir a litigância e garantir maior previsibilidade.
“Além dos ganhos mencionados, existem também vantagens diretas para a sociedade, no que diz respeito à criação de novos investimentos em áreas essenciais, como o ensino profissional ligado ao ensino secundário, saneamento, habitação, políticas ambientais, transportes e segurança pública”, destaca o órgão em nota.
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Rio Grande do Sul
No caso do Rio Grande do Sul, recentemente atingido por chuvas que devastaram grande parte do estado, a Lei Propag manteve a suspensão do pagamento da dívida até 2027. Mesmo assim, o Tesouro ressalta que haverá benefícios específicos para os gaúchos quando o prazo está encerrado, com o objetivo de preservar o equilíbrio fiscal do estado.
“Os documentos reforçam que a adesão à Propag pode ser vantajosa para os Estados ao combinar a poupança no fluxo de pagamentos com a redução do passivo total ao longo do tempo, cabendo a cada entidade avaliar a melhor estratégia dentro das suas especificidades”, acrescenta a nota. .
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