Quem acompanha de perto o mercado financeiro já percebeu uma queda na cotação do dólar comercial nos últimos dias. Nesta quinta-feira (23/1), a moeda norte-americana abriu pelo quarto dia consecutivo em queda, atingindo mínima de R$ 5,89 durante a manhã. Diante disso, especialistas avaliam as possibilidades de o câmbio continuar se desvalorizando, com possibilidade de retornar ao patamar de R$ 5,50.
Desde o início do ano, o dólar acumula queda de 4,5% e já atingiu o menor valor desde novembro de 2024. Para o analista da Ouro Preto Investimentos Sidney Lima, essa queda foi influenciada principalmente por dois conjuntos de fatores: ajustes técnicos no mercado e um cenário internacional favorável.
“No contexto doméstico, os recentes avanços nas medidas de contenção melhoraram a confiança dos investidores, contribuindo para a valorização do real. Internacionalmente, a expectativa de uma política fiscal menos agressiva sob a nova administração dos EUA e a queda inesperada nos pedidos de auxílio-desemprego fortaleceram o real frente ao dólar”, avalia Lima.
Quanto à sustentabilidade desta tendência de queda do dólar, o economista avalia que ainda é precária. Segundo ele, a trajetória futura da moeda também deverá depender da continuidade das reformas fiscais no Brasil e das condições econômicas globais.
“As incertezas políticas e fiscais ainda representam riscos significativos que podem afetar o apetite ao risco e influenciar negativamente o real. Portanto, apesar do alívio recente, a volatilidade cambial poderá persistir, refletindo a complexidade e a incerteza dos fatores económicos e políticos envolvidos”, acrescenta o especialista.
Expectativas pós-Copom
Na próxima semana, nos dias 28 e 29 de janeiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne pela primeira vez após a posse de Gabriel Galípolo, como presidente do Banco Central (BC), para decidir sobre a nova taxa básica de juros de a economia, a Selic.
Com as projeções indicando um novo aumento de 1 pp (um ponto percentual), há uma expectativa sobre se o Copom conseguirá ou não controlar a inflação e evitar uma desvalorização ainda maior do real.
Na visão do CEO da Multiplike, Volnei Eyng, o encontro deve ajudar no controle do câmbio. Mas, para que o dólar volte a cair de forma mais sustentável, ele acredita que o governo deve dar um sinal claro sobre o seu compromisso fiscal, reforçando uma agenda de cortes de gastos.
Acompanhe o canal Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Para o CEO da MA7 Negócios, André Matos, além do controle fiscal, a queda do dólar ainda depende de fatores externos. “No mercado externo dependemos dos discursos e decretos do presidente americano Donald Trump, principalmente em relação à guerra comercial que pode ocorrer com a China e à tributação dos produtos brasileiros”, destaca.
Nesta quinta-feira (23/1), o presidente dos Estados Unidos deverá discursar no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, onde deverá apresentar novos sinais para a condução da política fiscal do país nos próximos quatro anos.
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com