Minas Gerais, na balança das eleições nacionais, pode ser palco de uma aliança inusitada em 2026. O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) confirmou à coluna que se reunirá com Gusttavo Lima, o “embaixador” do sertanejo, para discutir uma parceria.
O encontro, ainda sem local definido – Belo Horizonte ou Goiás, reduto do cantor, também mineiro, natural de Patrocínio –, terá como foco a construção de estratégias para o próximo ciclo eleitoral e deve ocorrer ainda este mês. Cleitinho não esconde a ambição: “Em primeiro lugar, Jair Bolsonaro, mas, se for preciso, podemos enfrentar”.
Desde que o ex-presidente foi declarado inelegível, a direita brasileira parece à deriva. O bolsonarismo, órfão de seu principal líder, busca um sucessor que possa carregar a bandeira e reacender a militância até 2026. Entre os possíveis herdeiros, o senador mineiro, eleito com mais de quatro milhões de votos, desponta como um dos favoritos.
Com Nikolas Ferreira (PL) ainda jovem para disputar o Planalto, a lista de nomes cresce. Vai desde o filho “03” do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), até o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), passando por forasteiros como o técnico Pablo Marçal (PRTB) e o cantor Gusttavo Lima. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é citado como alternativa de fora, representando uma direita menos alinhada ao ex-presidente.
O fato é que o cantor sertanejo segue firme em suas ambições, disposto a testar os limites de sua popularidade em uma possível candidatura. Próximo de Caiado, Gusttavo já flertou com partidos como o PRTB e não descarta trocar o palco pelos bastidores do poder.
Enquanto o governador de Goiás sonha com o Planalto, também ganha força a possibilidade do sertanejo concorrer a uma vaga no Senado. Fontes ouvidas pela coluna garantem que todas as opções estão sobre a mesa. O encontro com Cleitinho seria, até então, apenas um levantamento preliminar para 2026.
O PRTB, aliás, também sinaliza Cleitinho como possível candidato ao governo de Minas Gerais em 2026. O senador tem mantido conversas com Leonardo Avalanche, presidente do partido, que destaca sua força nas redes sociais e nas pesquisas.
Apesar do flerte, Cleitinho ainda não definiu seu futuro, mantendo abertas as negociações, inclusive com seu próprio partido, o Republicanos, que lhe garantiu uma vaga na disputa pelo Palácio Tiradentes.
Enquanto isso, Cleitinho não esconde o olhar atento ao cenário mineiro. Caso Brasília não se confirme como destino, a disputa pelo governo de Minas surge como uma alternativa concreta. Muito próximo de Euclydes Pettersen, presidente estadual dos Republicanos – que quase perdeu o cargo para Alexandre Kalil, numa manobra de Marcos Pereira, líder nacional do partido –, o senador manteve, até agora, a sua lealdade. Kalil, por sua vez, permanece longe dos holofotes, sem filiação oficial ou movimentos significativos. O ex-prefeito foi apontado como possível candidato em Minas.
Caso o projeto com Gusttavo Lima não avance, Cleitinho terá que enfrentar a força do Novo, que aposta em Mateus Simões como sucessor de Romeu Zema, além de lidar com os interesses do PL, Jair Bolsonaro e PRTB, que vê no senador grande potencial eleitoral.
Nos últimos dias, Zema vem lançando cada vez mais “indiretas” diretas ao senador. Na tentativa de desestabilizar uma possível candidatura, o governador entrou no jogo e deixou claro seu descontentamento. A resposta do senador não poderia ser mais direta: “Nunca precisei dele para nada”.
Nos bastidores, outros movimentos chamam a atenção. O deputado Eros Biondini (PL) apresentou uma PEC para reduzir a idade mínima para concorrer à presidência, iniciativa que, na prática, abriria caminho para Nikolas. Cleitinho, aliás, vê potencial no jovem colega e parece vê-lo como um herdeiro natural da extrema direita.
No entanto, a barreira da idade ainda é um obstáculo significativo. Questionado pela coluna, uma pessoa próxima ao deputado federal manifestou entusiasmo com a proposta, mas sem muito alarde. Mesmo assim, as chances de a PEC avançar são praticamente inexistentes.
Entre as articulações, a ascensão de Cleitinho representa um teste crucial para a direita mineira, que tenta unificar apoiadores de Bolsonaro, conservadores e eleitores órfãos de um líder carismático. Ao mesmo tempo, o senador e Gusttavo Lima enfrentam um desafio ainda maior: manter vivo um movimento que precisa se reinventar na ausência de seu principal protagonista. Afinal, tanto na política como na música, os sucessos não podem sobreviver sem artistas dignos.
Nos corredores do poder ganha força a possibilidade de Rodrigo Pacheco (PSD) assumir o Ministério do Desenvolvimento Econômico. Apesar disso, o martelo ainda não foi derrubado, pois Lula (PT) não descarta enviá-lo à Justiça, caso o cenário assim o exija.
Jogo aberto
O desânimo de Pacheco tem gerado inquietação nos bastidores do PSD, sobretudo entre aqueles que começam a projetar o cenário eleitoral de 2026. As dúvidas sobre a candidatura têm feito o partido buscar alternativas, e o nome do ministro Alexandre Silveira ganha força como uma possível opção para o futuro. O deputado Cássio Soares também foi cogitado, mas sua candidatura parece improvável. Ele, que já tem planos de migrar para a Câmara dos Deputados, não deve entrar na disputa.
Substituir
Caso Rodrigo Pacheco deixe o Senado para assumir um cargo no governo federal, seu lugar será ocupado por Renzo Braz. Ex-deputado federal entre 2011 e 2018, o suplente se prepara para retornar ao Legislativo, agora com vaga no Senado.
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