O dólar caiu novamente ontem, pelo quarto dia consecutivo, ainda acompanhado por um momento de incerteza sobre as políticas que serão adotadas pelo governo do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu o cargo no início de a semana. Ao longo do dia, a moeda atingiu uma baixa de R $ 5,87 na taxa de câmbio comercial, mas ganhou força novamente no fechamento, encerrando a sessão em queda de 0,35%, citada em R $ 5,925 para venda.
Desde o início do ano, o dólar caiu 4,1% e atingiu seu menor valor desde novembro de 2024. Para analista do Ouro Presto Investimentos Sidney Lima, esse declínio foi influenciado principalmente por dois conjuntos de fatores: ajustes técnicos no mercado e um Cenário internacional favorável.
“No contexto doméstico, o recente progresso em relação a medidas de contenção melhorou a confiança dos investidores, contribuindo para a apreciação do real. A ajuda fortaleceu o real contra o dólar “, disse Lima.
Quanto à sustentabilidade dessa tendência de queda no dólar, o economista avalia que ainda é precário. Segundo ele, a futura trajetória da moeda também deve depender da continuidade das reformas fiscais no Brasil e nas condições econômicas globais. “As incertezas políticas e fiscais ainda representam riscos significativos que podem afetar o apetite por risco e influenciar negativamente o real. Portanto, apesar do recente alívio, a volatilidade da taxa de câmbio pode persistir, refletindo a complexidade e a incerteza dos fatores econômicos e políticos envolvidos”, acrescentou o especialista .
Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne pela primeira vez após a inauguração de Gabriel Galípolo, novo presidente do BC, para decidir sobre a nova taxa básica da economia (Selic). Com as previsões indicando um novo aumento de 1,0 pontos percentuais, há uma expectativa se o copom será ou não capaz de controlar a inflação e evitar uma desvalorização ainda maior do real.
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Na visão do CEO da empresa de gestão multiplicada, Volnei Eyng, a reunião deve ajudar a controlar a taxa de câmbio, mas, para que o dólar caia novamente de maneira sustentável, ele acredita que o governo deve dar um sinal claro sobre o fiscal Compromisso, reforçando uma agenda de corte de gastos. E, para o CEO da Ma7 Negócios, André Matos, além do controle fiscal, a queda do dólar ainda depende de fatores externos. “No mercado estrangeiro, dependemos dos discursos e decretos de Trump, principalmente em relação à guerra comercial, que poderia ocorrer com a China e a tributação dos produtos brasileiros”, destacou.
Enquanto isso, o índice Bovespa, o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), terminou o dia em queda de 0,4%, com 122.482 pontos, com as principais ações fechando a sessão em um nível negativo. As ações preferenciais da Petrobras (sem direitos de voto, mas com prioridade em receber dividendos) registraram uma queda de 0,7%, enquanto as ações ordinárias da Vale (com os direitos de voto) caíram 0,65% no final do dia. A maior queda foi devido às ações da Minerva Foods, que caíram 6,67%.
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