O governo prepara medidas para tentar reduzir o alto custo dos alimentos, que se tornou uma dor de cabeça para a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma delas é reduzir o imposto de importação de produtos mais caros no país e mais baratos no mercado internacional. As ações foram discutidas no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, em reunião entre o chefe do Executivo e ministros e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
Na reunião, que durou cerca de três horas, o governo decidiu ainda rever as regras do vale-alimentação e refeição e adoptar medidas de médio e longo prazo para incentivar a produção de cestas básicas.
Acompanhe o canal Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Em declarações aos jornalistas após a reunião, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, negou a possibilidade de intervenção direta nos preços. “Não serão adotadas medidas pouco ortodoxas. Não haverá congelamento de preços, precificação, fiscalização — não haverá ‘fiscal Lula’ em supermercados e mercados —, não haverá rede estatal de supermercados ou lojas. nem sequer apresentado na reunião, nesta ou em qualquer outra”, declarou Rui Costa.
Os ministros Fernando Haddad (Finança), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Esther Dweck (Gestão) também participaram do encontro.
Os receios sobre uma possível interferência direta do Governo nos preços dos alimentos circularam esta semana após uma declaração do próprio Rui Costa sobre “intervenções” estudadas pelo Governo. O termo, porém, segundo o ministro e a Casa Civil, foi equivocado. Desde então, o Planalto vem agindo para descartar a possibilidade.
No curto prazo, segundo Costa, o governo estuda reduzir ou eliminar o custo de intermediação do vale-alimentação, atualmente estimado entre 10% e 15%. Para a gestão, a mudança pode aumentar o poder de compra de alimentos da população. O Tesouro estuda a medida e deve apresentar proposta a Lula até a próxima semana. “Não é correto o trabalhador receber vale-alimentação e 10% dele está sendo apropriado por intermediação”, argumentou Costa.
Ainda segundo o ministro, o Executivo federal poderá redefinir, no curto prazo, o imposto de importação sobre “todo e qualquer produto mais barato no mercado internacional”, como forma de incentivar a queda dos preços internos, aumentando a oferta de o produto.
“Não há justificativa para termos preços superiores ao nível internacional, já que o Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo”, destacou o chefe da Casa Civil.
No médio e longo prazo, o Executivo federal trabalhará para incentivar a produção, especialmente dos alimentos que estão na cesta básica. Segundo Fávaro, Lula determinou que o ministério incluísse essas diretrizes no Plano Safra deste ano.
“É importante dizer que o presidente determinou que comecemos a discutir medidas de estímulo, um novo Plano Safra que estimule mais, principalmente os produtos que chegam à mesa da população. E é a partir deste ponto que vamos focar”, declarou.
Otimismo
O diagnóstico do governo é que a inflação alimentar foi fortemente afetada pelos eventos climáticos extremos de 2023 e 2024, mas que o cenário não deve se repetir. A expectativa é que a “supersafra” contribua para a redução dos preços, com produção 8,3% superior à safra anterior, segundo cálculo da Conab. O arroz, por exemplo, deverá ter colheita de 13%. “A expectativa é extremamente positiva de uma supersafra este ano. Pela lei do mercado, maior oferta leva a menor preço”, frisou Costa.
Fávaro, por sua vez, destacou que houve menos condições climáticas adversas no final do ano passado que pudessem afetar a colheita, em comparação com anos anteriores, citando as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca na Amazônia. “Deus nos abençoou com um clima muito favorável”, disse o ministro.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, que não participou da reunião por conta de sua agenda em São Paulo, também demonstrou otimismo para 2025. Nesta sexta, ele mencionou o câmbio como outro fator, além da esperada supersafra, que poderia ajudar a baixar os preços. “Você tem fertilizante, combustível, equipamentos, muita coisa que está contaminada pelo dólar. Então, com a redução do dólar também vai ajudar”, sustentou.
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado