O atestado de óbito do engenheiro e ex -vice -vice federal Rubens Paiva foi oficialmente corrigido e agora no documento é a observação de que a morte era “violenta, causada pelo estado brasileiro no contexto de perseguição sistemática à população identificada como o dissidente político do Ditatorial do regime instituído em 1964 “. A retificação foi realizada no Registro Sé, em São Paulo, e encontra uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aprovada em 13 de dezembro do ano passado.
“Eu tenho a retificação para aparecer como a causa da morte de Rubens Beyrodt Paiva, o seguinte: antinatural, violento, causado pelo estado brasileiro no contexto de perseguição sistemática à população identificada como o dissidente político do regime ditatorial instituído em 1964 e para aparecer como o atestado da morte: Comissão Especial sobre Mortos e Políticos Missões (CEMDP) “, diz um novo trecho do documento. O corpo de Rubens nunca foi encontrado para que pudesse ser enterrado.
A versão anterior do atestado de óbito disse apenas que era considerada desaparecida desde 1971 – e que, portanto, sua morte foi presumida. A obtenção do documento fazia parte da luta pessoal de Eunice Paiva, advogada e esposa de Rubens, que frequentemente solicitava o documento durante a ditadura militar, mas falhou. E só conseguiu depois de uma longa batalha judicial.
Desaparecimento
Rubens desapareceu em 1971, durante o governo do então presidente Emílio Médici e a validade da Lei Institucional No. 5, que revogou os políticos e revogou direitos e garantias constitucionais individuais – como Habeas Corpus. O decreto da AI-5 significou o momento de maior endurecimento da repressão dos oponentes da ditadura e abriu o caminho para a institucionalização de tortura, assassinato e desaparecimentos como instrumentos de ação do estado.
O novo certificado de Rubens também reconhece a Comissão Especial sobre Deads Políticos e Missões como Certificado de Morto. A retificação faz parte de um esforço mais amplo para corrigir os certificados de óbito de 202 pessoas mortas na ditadura, conforme reconhecido pela Comissão Nacional da Verdade.
Além disso, 232 ausentes no mesmo período terão seus registros finalmente emitidos, reconhecendo oficialmente que essas pessoas eram vítimas de violência do Estado. No total, o relatório da Comissão apontou 434 mortes e desaparecimentos durante a ditadura militar.
A responsabilidade pela entrega desses certificados não cairá nos escritórios do notário. O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania informou que a Comissão Especial organizará cerimônias para entregar os documentos, acompanhados de desculpas e honras às famílias das vítimas.
A resolução do CNJ foi aprovada por unanimidade e simboliza um passo importante no reconhecimento de violações dos direitos humanos cometidos na ditadura. A inclusão de informações sobre a violência do Estado em certificados reflete um esforço de memória e reparação histórica.
Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e da Suprema Corte federal, enfatizou que a medida representa “um relato legítimo com o passado”. Ele enfatizou o impacto simbólico para as famílias que ainda têm a dor de não ter recebido um pedido formal de desculpas do estado.
Retificação no mesmo dia de indicações do Oscar
A retificação foi emitida no mesmo dia que o filme Eu ainda estou aqui Foi indicado para competir em três categorias do Oscar – o melhor filme, o melhor filme estrangeiro e melhor atriz. O trabalho dirigido por Walter Salles lida com o desaparecimento do engenheiro e ex -vice -vice (vivido por Selton Melo), o impacto desse episódio na família e a luta de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), de modo que o Estado Brasileiro reconhece que Foi o responsável pela tortura e pela morte.
O recurso é uma adaptação do livro com o mesmo nome, escrito pelo filho mais novo de Rubens, Marcelo Rubens Paiva – cujo pai foi retirado de sua própria residência no Rio de Janeiro, no feriado de 20 de janeiro de 1971, pelos agentes do Office Aeronautics Information (CISA).
No quartel da Força Aérea Brasileira (FAB), o ex-parlamentar foi torturado e levado para doi-Codi, onde foi morto na mesma noite ou nos dias seguintes, de acordo com a investigação da Comissão Nacional da Verdade em 2014.
De acordo com a Associação Nacional de Registros de Pessoas Naturais, esses são os estados com o maior número de vítimas da ditadura: São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco e Tocantins (na época de Goiás). (Com agência estadual)
*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi
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