As fortes chuvas que caíram em São Paulo na última sexta-feira, 24, a véspera do 471º aniversário da cidade, causaram a morte de um morador de 73 anos de idade de Pinheiros, no oeste da capital. A vítima, identificada por Rodolpho Tamanini Netto, a casa invadida por uma inundação durante as tempestades e foi encontrada sem vida na manhã de sábado, 25.
As informações do Secretariado de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) indicam que um carro, arrastado pelas correntes formadas na tempestade, colidiu com o portão da casa de Tamanini. Isso teria facilitado a entrada de água na residência dos idosos. Um amigo da vítima foi à propriedade no sábado de manhã, 25, para ver os danos das trovoadas e encontrou a vítima, já sem vida, dentro de casa.
A polícia militar foi chamada para participar da ocorrência, registrada no 14º DP em Pinheiros como morte suspeita. A polícia civil solicitou um carro de cadáveres da vítima e da experiência no local, disse o SSP-SP. Esta é a 15ª morte no estado de São Paulo registrou -se sob a operação de Defesa Civil 2024/2025 de 31 de dezembro a 31 de março.
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O volume das tempestades que atingem São Paulo está sendo considerado histórico. Esta é a terceira maior chuva registrada na cidade nos últimos 64 anos. Em duas horas de temporal, 125 mm de chuva foram responsáveis por – 43,4% do esperado de janeiro, 288 milímetros.
Os números são excedidos apenas em 21 de dezembro de 1988 (151,8 mm) e 25 de maio de 2005 (140,4 mm). Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), calculados na Estação Mirante de Santana, na zona norte da capital, que faz as medições desde 1961.
Além disso, entre 15h e 16h, o período mais crítico da chuva, os aterros de chuva registraram 82 mm, o maior volume da série histórica registrada em uma única hora.
Havoc
A violência temporal causou uma série de distúrbios na cidade. Ruas e avenidas foram completamente inundadas – havia 40 pontos registrados pela CGE, o Centro de Gerenciamento de Clima da Prefeitura. As inundações arrastaram carros e as estações de metrô, como Jardim São Paulo-Ayrton Senna (linha 1-Azul), na zona norte, foram levadas pelas águas que pingaram com força nas escadas.
O teto do Norte Shopping Center, no bairro de Vila Guilherme, também na região norte da cidade, entrou em colapso no meio do corredor, entre os lojistas e clientes do estabelecimento. Não há registro de vítimas. O corpo de bombeiros recebeu o colapso de uma casa em Santana (zona norte) e não se registrou ferido.
Mesmo depois das chuvas, as pessoas acharam difícil voltar para casa. Além do lento tráfego nas ruas e avenidas, com 462 quilômetros de congestionamento por volta das 20h30, os trens e o metrô também foram afetados.
O trecho entre as estações de Tucuruvi e São Paulo-Ayrton Senna (linha 1-azul) teve que ser fechado até meia-noite de sexta-feira, disse a companhia do Metropolitano de São Paulo, enquanto outras partes da mesma linha foram reduzidas e mais tempo de tempo de parando.
Além disso, mais de 140.000 propriedades saíram da luz na capital – o número já havia caído para 13.943 até sábado à tarde, de acordo com o balanço da Enel, distribuidor de energia. A empresa disse em comunicado que enviou equipes ao campo para restaurar o serviço aos clientes afetados.
Severus Alert é demitido pela primeira vez em São Paulo
A defesa civil emitiu, pela primeira vez na capital do estado, um alerta grave para os telefones celulares de pessoas que estão em uma área de risco. A mensagem foi demitida às 15h57 e alertou sobre a necessidade de as pessoas se proteger das chuvas.
Nas redes sociais, os internautas criticaram a defesa civil por desencadear o aviso após o início das chuvas.
A agência afirma que uma mensagem já havia sido emitida antes, quando a chuva foi moderada (neste caso, apenas as pessoas registradas recebem) e disparou o aviso de perigo severo quando tinha certeza, com base nos dados, que a chuva teve um grande dano potencial. “Ainda havia incertezas sobre sua gravidade”, disse ele em comunicado.
Para o EstadãoO tenente Maxwel Souza explicou que o tiro de alerta de Severus foi feito depois que a chuva de defesa civil indica uma rápida precipitação em pouco tempo. “Era 80 mm em uma hora, entre 15 e 16 horas”, disse o tenente da defesa civil. “A previsão é chover 288 mm em todos os meses. Isso dá uma medida de quão forte a chuva era esta tarde”, acrescentou.
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