O Relatório das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura (FAO), divulgado na segunda -feira (27/1), revela que a América Latina e o Caribe têm 70% dos países com alta exposição a eventos climáticos extremos. Esse fenômeno gerou uma crescente insegurança alimentar e nutricional na região, afetando diretamente a vida de milhões de pessoas. O estudo, intitulado Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição 2024, também destaca que mais da metade dos países latino -americanos (52%) correm o risco de experimentar altas taxas de subalimentação devido às mudanças climáticas.
O impacto de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e tempestades intensas, é uma preocupação crescente, afetando diretamente a produção de alimentos e a disponibilidade de recursos. No Caribe, por exemplo, cerca de 17,2% da população sofre de fome, enquanto na América Central, a taxa de insegurança alimentar permanece em torno de 5,8%. Apesar de algumas melhorias, ainda em risco a comida e o bem-estar de muitos cidadãos.
O número de pessoas famintas caiu de 207,3 milhões em 2022 para 187,6 milhões em 2023, uma diminuição de 19,7 milhões. Comparado a 2021, este outono foi ainda mais pronunciado, atingindo 37,3 milhões. Esse progresso é atribuído a fatores como o crescimento econômico de vários países da América do Sul e a implementação de políticas públicas focadas no aumento do acesso à população a alimentos de qualidade.
Além disso, o relatório aponta para uma queda nas taxas de pobreza e desigualdade social, com avanços no emprego e salário mínimo. No entanto, a segurança alimentar ainda está longe de ser uma realidade para todos, especialmente para grupos mais vulneráveis, como mulheres e residentes de áreas rurais.
Durante a apresentação dos dados, Mario Lubetkin, vice-diretor-geral da FAO da América Latina e do Caribe, enfatizou que a luta contra a fome e a construção de sistemas agro-alimentos mais resilientes estão intimamente ligados. Ele destacou a discrepância entre o aumento do acesso a alimentos e o alto custo de alimentos saudáveis, o que ainda é um obstáculo significativo, especialmente para famílias de baixa renda. Em muitos países da região, alimentos ultra -processados, mais baratos e mais acessíveis estão substituindo as opções nutricionalmente equilibradas, o que contribui para um ciclo de obesidade e desnutrição.
“O acesso à comida aumentou, mas o custo ainda é um obstáculo”, disse ele.
Embora a América Latina seja uma das regiões mais poderosas da produção de alimentos, o consumo de alimentos ultra processado se tornou uma preocupação crescente, pois estão diretamente relacionados ao aumento do doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Para combater esse problema, a FAO sugere a adoção de políticas públicas mais rigorosas, incluindo a elevação da tributação sobre esses produtos, como uma maneira de reduzir seu consumo e promover hábitos alimentares mais saudáveis.
*Estagiário sob a supervisão de Jaiqueline Fonseca
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