O julgamento por suposta posse ilegal de arma contra Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, Joe Biden, entrou na fase de argumentos iniciais nesta terça-feira (4).
Realizado num tribunal federal em Wilmington, Delaware, este é o primeiro julgamento criminal contra um filho de um presidente norte-americano e decorre em plena campanha de Biden à reeleição.
Hunter Biden, 54, é acusado de mentir sobre o uso de drogas para comprar arma de fogo em 2018.
O processo começou na segunda-feira com a seleção do júri de 12 membros e deverá durar de uma a duas semanas.
A primeira-dama Jill Biden esteve no tribunal na segunda-feira para a seleção do júri, bem como para a audiência de terça-feira.
O presidente não compareceu, mas disse que ele e a esposa estão “orgulhosos” de Hunter.
“Como presidente, não posso e não irei comentar os processos judiciais em curso, mas como pai tenho um amor infinito pelo meu filho, confio nele e respeito-o pela sua força”, disse Biden num comunicado.
Hunter, um advogado formado em Yale e lobista que virou artista, é acusado de declarar falsamente que não estava usando drogas ilegais em documentos para a compra de um revólver Colt Cobra calibre .38 em 2018.
Ele também é acusado do crime de posse ilegal de arma de fogo, que manteve em seu poder durante 11 dias em outubro daquele ano.
Hunter Biden se declarou inocente em outubro passado. Ele havia chegado a um acordo com os promotores, mas os promotores falharam e o levaram a tribunal.
Os promotores apresentarão uma riqueza de evidências, provavelmente desconfortáveis, relacionadas aos anos de Hunter Biden como viciado.
O filho do presidente, que já escreveu muito sobre seu vício, dirá que na época em que comprou a arma não se considerava um viciado. Hunter disse que está sóbrio desde 2019.
Se for condenado, poderá pegar até 25 anos de prisão, embora se espere uma pena mais leve, incluindo a não prisão, já que não tem antecedentes criminais.
Juntamente com outras acusações que Hunter Biden enfrenta na Califórnia por evasão fiscal, este julgamento em Wilmington torna difícil aos democratas concentrarem toda a sua atenção em Donald Trump, o rival republicano que acaba de ser condenado criminalmente por falsificação de documentos e tem outras acusações. processos pendentes.
Além do impacto político, os problemas jurídicos de Hunter reabriram antigas feridas familiares.
Seu irmão Beau morreu de câncer em 2015 e sua irmã Naomi morreu quando criança em um acidente de carro em 1972 que também custou a vida de Neilia, a primeira esposa de Joe Biden e mãe dos três.
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