O presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Nikolas Ferreira (PL-MG), vai propor a criação de um Grupo de Trabalho para debater a greve nas Universidades e Institutos Federais do país. Segundo o parlamentar, o movimento do muro ocorre em 100 instituições sob gestão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesta quarta-feira (5/6), o movimento grevista nacional chega ao seu 51º dia, em meio a negociações entre o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e entidades representativas de classe.
“A falta de diálogo do Governo Lula não é só com o Congresso Nacional, mas também com os profissionais da educação e os estudantes. É hora do Parlamento, principalmente da Comissão de Educação, se articular e cooperar para que as reivindicações necessárias sejam atendidas e a greve termine”, disse o deputado mineiro.
Acabo de protocolar um pedido de criação de um Grupo de Trabalho na Comissão de Educação com o objetivo de debater a greve nas Universidades e IFs do país. Foram quase 60 dias de greve, com mais de 100 instituições paralisadas, atingindo um total de 400 campi em todo o país. A…
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) 4 de junho de 2024
Os servidores exigem reajuste parcelado de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. Porém, o departamento liderado pela ministra Esther Dweck propôs reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,6% em maio. 2026, justificando que não há espaço orçamentário para aumento salarial este ano.
A proposta foi pactuada com a Federação dos Sindicatos dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior e Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), mas o acordo foi anulado pelo desembargador Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe. Ele argumenta que o Proifes não tem registro sindical e representa apenas 15% do total de instituições.
As outras duas entidades participantes da mesa de negociação, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e o Sindicato Nacional dos Professores das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), recusaram a proposta.
Na segunda-feira (3/6), os sindicatos e o MGI voltaram a se reunir, mas não houve avanço nas negociações. O governo quer manter a proposta feita de apenas dois reajustes.
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