O tenente-coronel Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, disseram não ter conhecimento da venda de uma pulseira nos Estados Unidos, por ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os dois prestaram depoimento ontem à Polícia Federal (PF), no inquérito que investiga a venda de presentes de alto valor, que deveriam ter sido incorporados ao acervo da Presidência da República.
Essa pulseira foi descoberta em investigações conjuntas entre a PF e o FBI, a polícia federal norte-americana. A suspeita é que Lourena Cid — que foi ouvida por videoconferência, já que estava no Rio de Janeiro — tenha incluído a peça em um pacote com itens de decoração que tentou transacionar nos Estados Unidos.
O general comandou o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Miami. Ele se tornou personagem central nas investigações depois de se deixar flagrar em uma foto usada para negociar uma escultura presenteada a Bolsonaro. Segundo a PF, Cid e o pai vendiam joias, relógios e artigos de decoração em joalherias americanas, supostamente a mando do ex-presidente.
Mauro Cid também foi questionado sobre os relógios de luxo recebidos pelos ministros de Bolsonaro em viagem ao Catar em 2019. Em abril do ano passado, foram entrevistados o general Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), Gilson Machado (ex-ministro do Turismo), Ernesto Araújo ( ex-chanceler) e Onyx Lorenzoni (ex-ministro da Casa Civil) foram notificados para devolver peças das marcas Rolex, Chopard e Cartier.
Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, as novas peças encontradas durante investigações nos EUA reforçam a suspeita de que vários itens que deveriam ser incorporados ao acervo da Presidência da República foram levados irregularmente ao exterior, para serem negociados. Todas essas peças teriam saído no voo que Bolsonaro fez para Miami, no dia 30 de dezembro de 2022, por se recusar a repassar a faixa presidencial ao então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Rodrigues acredita que a investigação da joalheria será concluída até o final deste mês. A investigação será encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se abrirá denúncia contra os envolvidos.
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