A economia da região Nordeste está prosperando, tanto que cresce em ritmo superior ao Produto Interno Bruto (PIB) do país e, segundo Décio Lima, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) , É um vetor importante para o avanço da agenda de transição energética.
“Não tem volta, o modelo de economia limpa”, afirmou Lima, nesta quarta-feira (19/6), no Debate CB: A força do Nordeste na transformação social do paísevento realizado por Correio Braziliense, em parceria com o Banco do Nordeste (BNB). Ele destacou que a grandeza do Nordeste em energias renováveis e limpas também é um diferencial territorial, “não só no planeta, mas no próprio país”. E o pequeno empresário, segundo ele, é uma das principais bases desse avanço regional.
“O Nordeste, para se ter uma ideia, cresceu no ano passado praticamente o dobro do que o Brasil cresceu. Brasil com 2,9% e Nordeste com crescimento de 7%”, destacou Lima. O executivo destacou que alguns estados do Nordeste, como Paraíba, Maranhão e Ceará, mostram que lideram o processo de crescimento do PIB. “E, por incrível que pareça, essa resiliência é a expressão viva desse povo extraordinário do Nordeste, que nunca desistiu, que enfrentou secas, que enfrenta a indiferença do modelo republicano que ainda não soube abraçá-los com igualdade, e que mostra claramente a força extraordinária desses acontecimentos que o Brasil vive”, afirmou.
Inteligência artificial
Na avaliação de Lima, o Brasil liderará esse processo num modelo sem volta, de economia globalizada. E, além disso, outro aspecto em que o Nordeste pode continuar a ser motor do PIB está na inovação, principalmente por meio de micro e pequenas empresas, e no desenvolvimento da inteligência artificial.
“A capacidade desta nova geração de criar inteligência artificial e os modelos que certamente impulsionarão a economia do mundo hoje, que são os processos de inteligência artificial, é incrível. E esse modelo gera produção econômica e empregabilidade que se expressa nos micro e pequenos empreendedores. São aqueles que acordam de manhã com criatividade e geram processos de emprego”, afirmou.
Segundo Lima, no ano passado, dos empregos obtidos no país, 81% foram de micro e pequenos empreendedores, “que hoje representam 95% dos CNPJs do nosso país”.
“Este ano, pela mesma conta, o maior volume de empregabilidade vem das micro e pequenas empresas. Homens e mulheres brasileiros que acordam de manhã e com sua criatividade impulsionam toda a pluralidade econômica, seja nos serviços, no comércio, na própria indústria de transformação, na construção civil”, destacou.
O presidente do Sebrae lembrou que um dos maiores desafios dos pequenos empreendedores é o acesso ao crédito, que responde por dois terços da economia, tanto no mundo quanto no Brasil.
“Um terço. Se fecharmos o Brasil na escala, será um terço do tamanho que expressamos do ponto de vista econômico. E essa força econômica dos pequenos não tem acesso ao crédito, porque não tem garantia”, lamentou. Segundo ele, nos últimos 28 anos, por meio de um fundo garantidor, o Sebrae ofereceu crédito anual de R$ 1 bilhão para micro e pequenos empreendedores “E agora, construímos uma carteira com um fundo garantidor de R$ 30 bilhões. , do qual o Nordeste tem que ser prioridade pela possibilidade que temos de alcançar um processo seguro de crescimento e naturalmente de inclusão social”, defendeu.
“Legado trágico”
Na avaliação de Décio Lima, o país vive um grande momento, depois do “legado trágico” do governo anterior, porque está retomando projetos de desenvolvimento regional, especialmente no Nordeste.
“Quem a democracia decidir, não podemos mais fugir de um conceito que tem dado certo, que é o conceito de Estado minimamente social, protetor, principalmente nas micro e pequenas empresas”, afirmou.
O presidente do Sebrae destacou que, no Nordeste, o acesso ao crédito ainda é um entrave ao crescimento e impede o país de dar um “salto de qualidade”. Segundo ele, para um Microempreendedor Individual (MEI) os juros chegam a 50% ao ano. “É um absurdo imaginarmos que esse poder, essa resiliência desse sistema econômico brasileiro, desse povo brasileiro, se submeta a esse absurdo cruel de um modelo que também é produto do ‘legado trágico’ dos acontecimentos recentes que o Brasil vivenciado até 2020”, disse.
Autonomia BC
Além dos juros elevados, Lima não poupou críticas à autonomia do Banco Central, aprovada pelo Congresso Nacional em 2021.
“Na verdade, isso representa entregar a meia dúzia de acumuladores de riqueza o que é uma decisão importante para melhorar as condições de vida do nosso povo e estratégica para o povo brasileiro. Não é apenas uma instituição que está lá”, disse ele.
Na avaliação do executivo, há “um visível processo de acumulação de riqueza que faz com que o Brasil ainda conviva com milhões de brasileiros passando fome”. “Apesar do esforço de termos retirado quase 20 milhões, do ano passado para este ano, do mapa da fome, mas aí está o retrato do que somos: somos um país com 210 milhões de pessoas e com três ou quatro maiores bancos no mundo. mundo, numa humanidade que tem 8 mil milhões de habitantes. Injustificável”, frisou.
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