O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu mais uma vez o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado por corrupção. Nesta sexta-feira (21/6), o petista se disse “feliz” com sua atuação à frente do ministério e argumentou que Juscelino tem direito à presunção de inocência.
Hoje, o chefe do Executivo fez a primeira aparição pública com seu ministro desde o indiciamento da Polícia Federal. Juscelino o acompanhou no Piauí, pela manhã, e no Maranhão — sua base eleitoral —, a tarde.
“Estou feliz com o (André) Fufuca, estou feliz com o Juscelino e estou feliz com a nossa Sonia Guajajara”, disse Lula em entrevista à Rádio Mirante Notícias, imediatamente ao desembarcar em São Luiz. No entanto, admitiu que há “um problema de acusação” com o ministro das Comunicações.
“Para mim, todo cidadão é inocente até prova em contrário. Se um cidadão tiver um pedido de acusação, e essa acusação ainda não tiver sido concedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ou pelo Supremo Tribunal, tenho de esperar pelo processo”, acrescentou o presidente.
Reforma descartada
Mais cedo, Lula descartou a realização de uma reforma ministerial em breve e fez uma série de elogios aos seus auxiliares. Nos bastidores, o governo estuda o que fazer com Juscelino. Demiti-lo abriria um confronto com o União Brasil, um dos maiores partidos do Congresso, num momento em que o presidente tem pouco apoio no Legislativo. Juscelino foi indiciado por suspeita de ter desviado emendas parlamentares para beneficiar propriedades de sua família, no Maranhão.
O chefe do Executivo voltou a dizer que só Juscelino sabe a “verdade absoluta”, e que o orientou, caso seja inocente, a se defender. “Se você fez isso, meu caro, peça licença e vá embora. Se não fez isso, lute. Porque se não lutarmos, seremos destruídos sem direito de nos defender”, enfatizou.
Além disso, elogiou o trabalho do ministro das Comunicações, que está “prestando um bom serviço” no governo, nas palavras de Lula. “Esse negócio de interligar o Brasil inteiro, em todas as escolas públicas, em todas as redes de saúde, porque é isso que o Brasil precisa para poder dar um salto de qualidade e tratar bem o seu povo”, pontuou.
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