O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que sancionará o projeto de lei que legaliza os cassinos e os jogos de azar, caso o texto seja aprovado pelo Congresso. A proposta recebeu aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, na quinta-feira, e agora segue para deliberação no plenário.
Ao comentar o projeto nesta sexta, Lula destacou que era contra os jogos de azar, mas destacou que não os considerava crime. E mencionou as apostas, que permitem apostas online.
“Se o Congresso aprovar e se chegar a um acordo entre os partidos políticos e ele for aprovado sem qualquer resistência, não há razão para não sancioná-lo”, argumentou, em entrevista à Rádio Meio, do Piauí. “Agora, não é isso que vai resolver o Brasil. Essa promessa fácil de que vai gerar dois milhões de empregos, de que vai se desenvolver não sei quanto, não é verdade”, acrescentou.
Corridas de cavalos e bingo também são permitidas pelo PL. Segundo o relator, senador Irajá (PSD-TO), a aprovação poderá gerar investimentos de até R$ 100 bilhões, criando 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos. Em termos de receita, a estimativa é de saldo de R$ 22 bilhões, entre todos os entes federados.
O texto foi aprovado em votação acirrada na CCJ: 14 x 12. Opositores à proposta, parlamentares evangélicos apresentaram pedido ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que a deliberação ocorresse em outras comissões. A base governamental não tem orientação em relação ao projeto, mas votou esmagadoramente a favor, incluindo o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA).
“Jogar cartas, jogar pôquer, por dinheiro, é proibido. Jogar cassino é proibido. Mas e os jogos de azar que você vê hoje na televisão, nos esportes? Uma criança com o celular na mão fazendo apostas o dia inteiro? Quem é o responsável para isso?, questionou o presidente.
Ele também ressaltou que não acredita que a legalização fará com que a população pobre se endivide mais, mas que ela poderá encontrar emprego em cassinos e fazer com que suas cidades se desenvolvam.
Brigas no Parlamento
Ainda sobre o Congresso, Lula disse na entrevista que pediu ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que diminuísse a animosidade entre os parlamentares. “Acho que existe um certo nível de ofensas pessoais dentro do Congresso Nacional”, pontuou. “Uma semana dessas, liguei para Lira e falei: ‘Precisamos colocar um limite nas pessoas, porque dentro de um certo tempo vai acontecer alguma coisa vergonhosa dentro da Câmara e do Senado’. Acho que todo mundo está preocupado com isso”.
O presidente destacou a esperança de que a população escolha melhor os representantes para as Casas. “Rezo sempre para que nas próximas eleições o povo consiga melhorar o nível das pessoas que elege”, reforçou.
Os congressistas frequentemente se envolvem em brigas no Congresso. No dia 5, os deputados André Janones (Avante-MG) e Nikolas Ferreira (PL-MG) discutiram na Câmara e tiveram que ser separados. A turbulência ocorreu durante sessão do Conselho de Ética que julgou representação contra Janones por suposta prática de “rachadinha”.
No dia 12, a Câmara aprovou projeto apresentado por Lira que permite suspensão cautelar de parlamentares em caso de violação do Código de Ética.
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