A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (24/6) que o governo previu que o ano de 2024 seria “um ano severo” para o Pantanal. A declaração ocorreu após a segunda reunião da sala de situação de monitoramento e prevenção de secas e queimadas no Pantanal e na Amazônia.
Nesta segunda-feira, o governo de Mato Grosso do Sul declarou estado de emergência devido aos incêndios que se espalham na região há dias. O decreto tem prazo de 180 dias.
“Tivemos a segunda reunião da sala de situação sobre seca na Amazônia e no Pantanal. Na Amazônia a seca leva a esforços logísticos e de abastecimento e no Pantanal tem a ver com logística e incêndios. piores situações já vistas no Pantanal”, destacou Marina.
“Toda a bacia do Paraguai está em grave escassez hídrica, não tínhamos a cota de cheia nem o interstício entre El Niño e La Niña. Isso significa que uma grande quantidade de matéria orgânica no ponto de combustão está causando incêndios descompassados com tudo o que se conhece. O Ministério do Meio Ambiente trabalha intensamente desde outubro do ano passado. Já estamos operando em condições de plena ação. Já temos a sala de crise montada”, acrescentou.
Marina destacou o trabalho de 175 brigadas do Ibama, 40 do Instituto Chico Mendes, 53 da Marinha, totalizando 250 pessoas atuando no território. Além disso, ela mencionou um número adicional de brigadistas do Ibama e também da Força Nacional.
“Já sabíamos que este ano seria severo. Em abril, declaramos situação de emergência e contratamos bombeiros”, explicou. Ela lembrou ainda do decreto dos governos estaduais proibindo o uso do fogo controlado até o final do ano. quem usar o fogo para renovar pastagens ou para qualquer atividade, estará cometendo crime.”
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que “não há limites de recursos” para enfrentar a situação e que na próxima quarta-feira (26) haverá reunião da Diretoria de Execução Orçamentária (JEO) para discutir a liberação de recursos extraordinários créditos para combate a incêndios.
“Não faltarão recursos do governo federal. Claro, com responsabilidade, analisando caso a caso. Os ministérios apresentarão os custos necessários. Estaremos trazendo os possíveis créditos extraordinários que se fizerem necessários para que não faltem recursos para combate e prevenção de incêndios.”
“Não faltarão recursos para resolver isso. Agora, não há orçamento no mundo, no Brasil, que resolva o problema de conscientização da população”, apelou.
Na sexta-feira, Tebet e Marina desembarcam em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, para monitorar o impacto dos incêndios.
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