O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa usou a rede social X (antigo Twitter) na tarde desta segunda-feira, 24, para criticar o governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Barbosa disse que Lula é “desaparecido”, “conservador à la carte” e “incapaz de liderar o país” em determinados assuntos. O ex-presidente do STF declarou voto em Lula nas eleições de 2022.
“Infelizmente, em inúmeras ‘questões de sociedade’ o país é um acéfalo. Congresso, silencioso, retrógrado, um horror! O Presidente da República, também silencioso em muitas questões, em cima do muro em outras, conservador ‘à la carte’ , é incapaz de liderar o país em diversas áreas nas quais poderíamos obter progressos significativos se o poder natural de liderança e persuasão conferido ao ocupante da cadeira presidencial fosse utilizado de forma inteligente para fazer avançar certas agendas que nos colocam na ‘vanguarda do obscurantismo’ !”, escreveu Barbosa.
Infelizmente, em inúmeras “questões da sociedade”, o país é óbvio. Congresso, alheio, retrógrado, um horror! O Presidente da República, também silencioso sobre muitos assuntos, em cima do muro sobre outros, conservador “à la carte”, é incapaz de liderar o país em diversas áreas em que
—Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 24 de junho de 2024
Os discursos acontecem após discussões governamentais e derrotas em temas importantes para o governo Lula, como a urgência do projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupro, e a derrubada do veto presidencial à libertação de presos .
Barbosa esteve no STF de 2003 a 2014, e nos últimos dois anos foi presidente do Tribunal. Foi indicado por Lula para integrar a Corte e apoiou o petista nas eleições de 2022.
Após a vitória de Lula, o ex-ministro, na época, parabenizou o então presidente eleito. Ainda em X, disse que “venceram a democracia, o civismo, a reverência às normas consensualmente estabelecidas para reger o bom funcionamento da sociedade”. “Parabéns ao Lula, ao Alckmin e aos governadores eleitos democraticamente neste domingo. E, claro, ao povo brasileiro”.
Na ocasião, ele também comemorou a derrota do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), dizendo que “o grotesco, a barbárie e a intimidação como elementos indissociáveis do exercício diário do poder saíram de cena”.
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