Inês de Castro é praticamente uma instituição portuguesa. Filha de um nobre influente, foi primeiro amante e depois esposa de D. Pedro I, não daquele que permaneceu no Brasil, mas daquele conhecido como O Justiceiro, que reinou no século XIV. O trágico fim de Inês, decapitada pelo pai do marido, sempre fascinou os portugueses e até Chico Xavier se interessou pela menina e escreveu Mensagens de Inês de Castro. Foi desse livro que a diretora Adriana Nunes tirou as ideias para a dramaturgia da peça Agora Inês é morta, com texto de Claudio Torres Gonzaga.
Exibido no Royal Tulip Theatre, o espetáculo é uma adaptação do livro em que Xavier coloca Inês e D. Pedro I lado a lado. “Achei uma história legal. É uma história real que aconteceu em Portugal, como se fosse um Romeu e Julieta que realmente aconteceu. “, explica Adriana. Inês pertencia a uma família influente de Castela, terreno perigoso numa altura em que Espanha investia nas tentativas de anexar Portugal.
O caso de amor com D. Pedro I era notório, mas os dois só se uniram quando faleceu a mulher do rei, Constança Manuel. A origem de Inês, de certa forma, representava uma ameaça à coroa portuguesa e, por isso, acabou morta pelo rei Afonso IV, pai de Pedro I. “Chico Xavier que coloca os personagens interagindo no plano espiritual. ordenado a matar Inês, ele entrará em contato com ela após sua morte. E Santa Isabel, mãe de Pedro I, é a primeira aparição de Chico Xavier, por isso conta a história, explica Adriana. mas para aqueles que não são, é uma ficção maravilhosa poder acreditar nesta história.”
Adriana fez muita pesquisa e toda uma peregrinação em torno da figura de Inês para poder reunir detalhes agora impressos na montagem. “Depois de assistir algumas peças espirituais, falei para as pessoas que estão contribuindo com o espetáculo que queria uma peça bonita, que transmitisse toda a beleza dessa história, sem ser brega, sem luzes coloridas”, alerta o diretor. Com uma cenografia mais clássica e muito preto tanto no ambiente quanto no figurino, Agora Inês é morta traz ao palco a nuance medieval da história original numa construção minimalista. No palco, o diretor, que também atua, é acompanhado por Rosanna Viegas e André Deca.
Marcelo Lins, irmão de Adriana, desenhou a trilha sonora, toda tocada na viola caipira, primeiro instrumento de cordas a chegar ao Brasil vindo de Portugal no período colonial. “E a peça tem uma leveza de humor, que também é uma mensagem para a gente tratar todas as coisas com mais leveza, que é muito meu ideal de comédia. O humor transforma a vida das pessoas, inclusive a morte. mas tem um toque de humor porque a comédia e a leveza transformam”, acredita Adriana.
Agora Inês está morta
Direção: Adriana Nunes. Com Adriana Nunes, André Deca e Rosanna Viegas. Hoje, às 21h, no Royal Tulip Theatre (SHTN Seção 01). Ingressos: R$ 40 a R$ 80, no Sympla. Não recomendado para menores de 12 anos.
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