Com a primeira protagonista do cinema, Rebeca (do longa Bandido – Número um), a atriz Maria Bomani, de 23 anos, ainda não tem termômetro embutido para o impacto do filme. “Tive pontos importantes na minha carreira. Fiz parte de um projeto que teve muita visibilidade nacional (o BBB22), com números muito grandes. Estreei uma novela das nove (amor de mãe), que tem muito alcance. O momento atual é diferente. Vieram desafios e aprendizados, além de satisfação”, diz, em entrevista ao Correspondência. Dirigido por João Wainer, o filme tem as origens autênticas de um ex-criminoso carioca.
Raquel de Oiveira (a autora) se criou na maior favela da América Latina: a Rocinha. “O filme apresenta uma linha cronológica, com mudança de poder, de status. Vemos que é um filme sobre tráfico, sobre violência, mas fala muito sobre romance e as dificuldades de Rebeca (a protagonista), até terminar na posição de se tornar um criminoso”. Maria só conheceu Raquel na coletiva de lançamento do filme. Sem contato prévio, ela gostou da premissa libertária. “Não pretendíamos copiar os personagens reais. Assim como a Rebeca, também fui mulher da favela e passei por algumas dificuldades. Cresci em um ambiente predominantemente masculino e vivi a violência do machismo. A personagem tem uma humanidade: eu posso’ Não julgo ela. Minha profissão, como atriz, exige empatia. Ela é uma vítima do sistema”, afirma a atriz. Enquanto isso, Maria acredita que o Rio de Janeiro é rotineiramente estigmatizado, “porque a mídia pinta dessa forma”.
“Quando falamos de cidades brasileiras, criamos estereótipos. Tem quem não distingue Nordeste e Norte. Fala sem divisão. Os estereótipos se afirmam: quando falamos de São Paulo, falamos de um lugar com muito de trabalho e pouca vida de pouca experiência; o Rio ficou muito ligado à malandragem, à violência, mas temos coisas maravilhosas e eu, como morador, conheço outros lados do Rio além do cartão postal”, diz o carioca, criado em Cordovil. “O Rio é uma cidade linda. Falta estrutura, faz muitos anos que não temos governo certo. Tivemos vários governadores presos, e esse é um problema social que vem sendo reforçado na mídia. um ponto de vista diferente: é a primeira vez que falamos do ponto de vista de um morador”, observa a cantora, que, via YouTube, surgiu em 2017, com músicas do projeto Poesia Acústica.
A trilha sonora de Bandido, aliás, está muito ancorado na pegada de um amor vivido por Raquel e (a personagem) Pará. Isso está no filme. “Qualquer pessoa dos anos 80 e 90 vai sentir a nostalgia e uma antologia de quem é de outra geração, junto com gírias e fantasias. Cresci com minha avó que é nordestina. Acessei a riqueza de músicas de Alcione, Djavan e outros . Minha família é muito eclética”, observa.
Emergindo de um período apoiado na aceitação digital, com milhares de visualizações para suas músicas, Maria, atualmente, se vê um tanto assustada com o impacto e avanço da tecnologia, no pós-pandemia, mas, ao mesmo tempo, desestimula recortes sensacionalistas de vídeos podem incitar a violência cotidiana. “Acredito que seja um vício e precisamos conversar mais sobre fugir das emoções e manter distância de todos os lugares onde as pessoas poderiam estar mais presentes. e viver um pouco mais no presente, desconectado.”
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