A Microsoft revelou que a invasão hacker ocorrida no início deste ano teve consequências mais amplas do que inicialmente divulgado. O grupo russo conhecido como “Midnight Blizzard” não só acessou as contas de e-mail de executivos seniores da empresa, mas também conseguiu espionar contas de clientes e parceiros. A informação, confirmada pela empresa na última quinta-feira (27), ocorre aproximadamente seis meses após a primeira divulgação do incidente.
Ataque de hackers contra a Microsoft
Segundo nota da Microsoft, os principais alvos do grupo hacker eram pesquisadores de segurança que investigavam as atividades da Midnight Blizzard. Há acusações de que o grupo agiu secretamente sob ordens do governo russo.
A Big Tech disse que continua notificando os clientes cujas contas corporativas foram comprometidas, embora não tenha especificado o número exato de contas ou e-mails afetados. “Estamos empenhados em partilhar informações com os nossos clientes à medida que a nossa investigação continua”, afirmou a empresa numa nota à Bloomberg.
A administração de Vladimir Putin não respondeu às alegações de envolvimento no ataque. Entretanto, a Agência de Infraestrutura e Cibersegurança dos EUA (CISA) continua a monitorizar a situação e a colaborar com a Microsoft para mitigar os impactos. A CISA recomendou que todas as organizações com contas afetadas redefinissem suas senhas e adotassem medidas de segurança adicionais.
Problemas de segurança da Microsoft
Esta série de hacks colocou a segurança da Microsoft sob escrutínio. Em janeiro, a empresa minimizou o incidente, alegando que apenas uma pequena percentagem das contas corporativas foi afetada. No entanto, quatro meses depois, foi revelado que os hackers continuavam a tentar novas invasões, alarmando tanto a indústria de segurança como os clientes da Microsoft.
Além disso, esta e outras intrusões levaram a uma audiência no Congresso dos EUA, onde o presidente da Microsoft, Brad Smith, declarou que a empresa está a rever as suas práticas de segurança. A última revelação segue-se a um ataque separado, supostamente conduzido por um grupo de hackers chinês no ano passado, que comprometeu milhares de e-mails do governo dos EUA.
Contexto brasileiro
No Brasil, a questão da segurança cibernética também é preocupante. Em 2023, o país liderou o ranking de vazamentos de dados, com informações sensíveis como nomes, endereços e senhas frequentemente comprometidas por vírus que interceptam dados salvos em navegadores.
Fonte: Bloomberg
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