Nesta terça-feira (2), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra uma organização criminosa que movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano com o tráfico de drogas. 280 policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão.
Outras medidas cautelares também são cumpridas, como apreensão de bens e bloqueio de contas. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal da Comarca de Belo Horizonte. As ações acontecem nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Goiás.
A PF informou que “as investigações revelaram um complexo mecanismo montado pelo grupo criminoso e um grande número de indivíduos interligados, alguns deles envolvidos com uma conhecida facção criminosa”. Durante a operação foram apreendidos carros de luxo, dinheiro e até um jato que estava a serviço do crime organizado.
“Um traficante internacional de drogas e pessoas físicas e jurídicas a ele associadas faziam parte de uma rede que praticava diversos crimes, visando principalmente ocultar e ocultar os bens decorrentes da prática de inúmeros crimes, inclusive o tráfico internacional de drogas”, destacou a Polícia Federal, em nota.
“O homem já havia sido investigado outras vezes pela PF e há suspeitas de que ele tenha enviado cocaína para países da América do Sul e Central, principalmente remessas para violentos cartéis mexicanos”, completa o texto.
A corporação informou ainda que “durante as investigações, foi constatado que os envolvidos criaram empresas de fachada, sem vínculo empregatício no sistema CAGED, e adquiriram por meio dessas empresas imóveis e veículos de luxo para terceiros, bem como movimentaram grandes quantidades de valores , incompatível com o seu capital social”.
Os investigadores constataram que os sócios das empresas geralmente não tinham contratos de trabalho há anos, e alguns até receberam auxílio emergencial.
Durante a investigação, a Polícia Federal também constatou que algumas das pessoas jurídicas realizavam transações com empresas do setor de criptomoedas e atividades alheias ao setor empresarial, o que leva a crer que os investimentos estariam sendo utilizados para mascarar a origem ilícita de valores.
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