confira valor atualizado de 10 carros da época

O Plano Real foi lançado em 1º de julho de 1994, completando 30 anos. Nesse período, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação acumulada no Brasil foi de 708%.

Ou seja, o que você comprou por R$ 1 em 1994 custaria hoje R$ 8,08. Trazendo isso para o nosso assunto, selecionamos 10 carros vendidos há três décadas (valor de tabela da primeira semana de julho) e atualizamos seu valor. Confira:

Chevrolet Corsa 1.0

• Preço em 1994: R$ 7.350,00
• Preço corrigido: R$ 59.389,52

O Chevrolet Corsa foi lançado em 1994, ano em que o Plano Real entrou em vigor. A princípio, o modelo estava disponível apenas com motor 1.0 e estava incluído entre os carros populares. Observe que o Corsa 1.0, assim como os demais hatchbacks de entrada que selecionamos para esta lista, custam cerca de R$ 60 mil, cerca de 16% mais em conta que os atuais modelos de entrada, que ficam na faixa dos R$ 70. mil.

Chevrolet Omega CD 3.0

• Preço em 1994: R$ 46.739,00
• Preço corrigido: R$ 377.660,77

Essa era a versão top do Chevrolet Omega, que contava com o motor 3.0 de 6 cilindros em linha, importado da Europa. Pelo preço deste sedã, hoje é possível comprar a versão de entrada de um Mercedes-Benz Classe C, equipado com motor semi-híbrido, com 204 cv de potência.

Ford Escort Passatempo 1.0

• Preço em 1994: R$ 7.726,93
• Preço corrigido: R$ 62.435,19

A versão básica da Ford, o Escort Hobby 1.0, era um carro popular. A essa altura, quando o Plano Real foi implementado, a segunda geração brasileira do modelo já havia sido lançada, mas esta versão manteve o visual antigo. Esse motor foi uma dor!

Ford Escort XR3 2.0i conversível

• Preço em 1994: R$ 40.3132,86
• Preço corrigido: R$ 325.744,31

Essa versão do Ford Escort era considerada um sonho de consumo na época em que o Plano Real entrou em vigor. Além de contar com o motor AP 2.0 com injeção eletrônica, essa versão do XR3 contava com elementos visuais esportivos, mas, acima de tudo, tinha carroceria conversível. Não é à toa que foi muito caro!

Fiat Uno Eletrônico 1.0 2 portas

• Preço em 1994: R$ 7.254,00
• Preço corrigido: R$ 58.613,82

O carro popular da Fiat nem era o carro mais barato do Brasil quando o Plano Real entrou em vigor (em breve você verá quem foi o campeão). Ao comparar o valor corrigido dos modelos mais baratos de 30 anos atrás com os de hoje, vemos que os modelos nem são tão mais caros assim, pois ganharam diversos itens de série, sejam obrigatórios por lei (com airbags frontais, freios ABS , etc) ou por pressão do mercado (quatro portas, direção hidráulica, ar condicionado).

Fiat Tempra 2.0 Ouro 16V 4 portas

• Preço em 1994: R$ 27.495,04
• Preço corrigido: R$ 222.165,60

Comparado com outros sedãs médios da época, a versão top do Fiat Tempra nem era tão cara, custando cerca de 2/3 do preço dos concorrentes. Porém, isso não duraria muito, pois, ainda em 1994, ano de implantação do Plano Real, o motor turbo chegaria bastante “salgado”.

Volkswagen Fusca 1.6

• Preço em 1994: R$ 7.243,00
• Preço corrigido: R$ 58.524,94

A Volkswagen tinha os carros mais baratos do Brasil quando o Plano Real entrou em vigor. O Fusca 1.6 voltou à ação em 1994 e custava exatamente o mesmo que um Gol 1000.

Volkswagen Santana GLSi 2.0 4 portas

• Preço em 1994: R$ 33.223,56
• Preço corrigido: R$ 268.453,23

A versão top do Santana contava com o mesmo motor 2.0 AP do Escort XR3, com injeção eletrônica. Essa carroceria já pertencia à segunda geração do sedã.

Honda Accord LX MT

• Preço em 1994: R$ 41 mil
• Preço corrigido: R$ 331.288,47

Interessante ver que um Honda Accord no início do Plano Real custava praticamente o mesmo que custa hoje (R$ 332.400). Se levarmos em conta que essa versão LX manual era a versão de entrada e hoje temos um pacote exclusivo com motorização híbrida e muita tecnologia, o sedã grande pode até ser mais acessível.

Honda Civic EX AT

• Preço em 1994: R$ 35 mil
• Preço corrigido: R$ 282.807,23

A versão top do Honda Civic custa mais que a versão única vendida hoje (R$ 265.900), que é híbrida. Vale lembrar que, quando o Plano Real foi implementado, todos os modelos Honda vendidos no Brasil eram importados.