Nesta terça-feira (2), o furacão Beryl foi reclassificado para categoria 5, que é o maior da escala Saffir-Simpson, após deixar um rastro de destruição no sudeste do Caribe, incluindo Granada, Barbados e outros países da região, e quebrar recordes catastróficos. Até o momento, duas mortes foram confirmadas.
Com ventos de 270 km/h, o furacão Beryl destruiu casas, escolas e até hospitais nas Caraíbas – os pacientes tiveram de ser transportados às pressas das instalações médicas em Granada. Também há relatos de barcos afundados pelo ciclone tropical.
Agora, o fenômeno extremamente perigoso avança em direção à Jamaica, onde deverá chegar amanhã (3), associado a fortes chuvas e ao risco de inundações. Existe a possibilidade de chegar à costa do México, mas até lá a previsão é que o furacão de categoria 5 perca força e intensidade.
Neste momento, diferentes organizações internacionais estão a monitorizar o furacão Beryl, incluindo a NASA. Para esta missão são utilizadas imagens captadas pelo satélite GOES-East, operado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
O furacão Beryl, uma poderosa tempestade de categoria 4, começou a varrer as ilhas do leste do Caribe na segunda-feira, atingindo devastadoramente Carriacou, uma pequena ilha ao norte de Granada, disseram autoridades. pic.twitter.com/KFoTpnSrTJ
-O jornal New York Times (@nytimes) 2 de julho de 2024
Intensidade do furacão Beryl
Como apontam os meteorologistas, o furacão Beryl é o primeiro grande fenómeno da temporada de furacões no Oceano Atlântico, que vai até novembro, e é o maior alguma vez registado pelas autoridades nesta altura do ano (em julho).
Para o jornal NYT, Philip Klotzbach, meteorologista da Colorado State University e especialista em ciclones tropicais, explica que os furacões no Atlântico têm ventos, em média, de 111 mph. No caso do furacão Beryl, atingiu ventos sustentados próximos a 165 mph.
Considerando o mês de julho, nenhuma tempestade no Atlântico atingiu a força da categoria 5 tão cedo durante o início da temporada, segundo Klotzbach.
Vale ressaltar que esta temporada de furacões será bastante atípica e poderá até ser classificada como “extraordinária”. Isso ocorre porque a NOAA prevê até sete grandes furacões, de categoria 3 ou superior, nos próximos meses, sendo Beryl o primeiro deles.
Como o furacão Beryl se formou?
Os primeiros sinais do furacão Beryl começaram a aparecer na última terça-feira (25), quando meteorologistas identificaram instabilidade na atmosfera atlântica. Essa instabilidade se intensificou a ponto de se transformar em tempestade tropical na sexta-feira (28).
.@NOAAde #GOESLeste tem observado de perto extremamente poderoso #FuracãoBeryl à medida que se move pelas Pequenas Antilhas.
acompanhar #Berilo e outros sistemas tropicais com nosso Hurricane Tracker: pic.twitter.com/Oqw1TWbP3N
—Satélites NOAA (@NOAASatellites) 1º de julho de 2024
Oficialmente, no domingo (30), o fenômeno já era classificado como furacão, mas de categoria 3. Quando o furacão Beryl estava na categoria 4, com ventos em torno de 210 km/h, na segunda-feira (1), a equipe do The International Space A Estação (ISS) capturou imagens do impacto do fenômeno na atmosfera.
Abaixo, veja as imagens surpreendentes do furacão visto do espaço:
Desde a noite desta segunda-feira (1), o furacão está classificado como 5. Uma das explicações para a origem desse furacão intenso está relacionada ao aquecimento das temperaturas da superfície do mar, consideradas acima da média para o mês. Isso dá mais energia e alimenta o fenômeno, capaz de causar destruição por onde passa.
Fonte: NASA, NYT e AFP News
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