Corumbá concentra 66% do fogo no bioma

O município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, é responsável por 66% das queimadas que atingiram o Pantanal este ano e também representa um terço das queimadas registradas no primeiro semestre pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) . Até o final de junho, o município de Mato Grosso do Sul contava com 2.356 focos de incêndio.

O mês de junho teve a maior média de área queimada no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrada desde 2012, segundo o Laboratório de Aplicações Ambientais por Satélites do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 30 dias, o fogo consumiu mais de 411 mil hectares do bioma.

Na segunda-feira (1/7), a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmou que a Polícia Federal (PF) investiga de 18 a 19 incêndios no Pantanal para apurar os responsáveis. “O que estamos identificando é que 85% dos incêndios que temos hoje estão ocorrendo em propriedades privadas. A história de que poderia ser raio, descarga atmosférica, não é verdade. É por ação humana”, disse o ministro em entrevista com jornalistas, no Palácio do Planalto.

O governo federal criou duas bases para agilizar as ações de combate a incêndios no Pantanal, com o objetivo de facilitar a organização logística das operações no bioma. Os centros serão instalados no quilômetro 100 da Rodovia Transpantaneira (MT-060) e na cidade de Corumbá (MS). No terreno trabalham cerca de 500 funcionários públicos, apoiados por nove aeronaves, incluindo quatro aviões lançadores de água do Ibama e do ICMBio e um KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB), com capacidade para transportar 12 mil litros de água. Outras aeronaves estão em mobilização.

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