A influenciadora brasileira Aline Ferreira morreu na noite desta terça-feira (2/7), após contrair uma infecção hospitalar após passar por uma cirurgia plástica na região das nádegas, supostamente usando polimetilmetacrilato, popularmente conhecido como PMMA, substância que não é recomendada para fins estéticos por especialistas .
De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o PMMA é um componente plástico com diversas utilizações na área da saúde e em outros setores produtivos. É utilizado como matéria-prima com diversos tipos de aplicações que variam de acordo com as formas de seu processamento e desenvolvimento.
A nota da Agência falando sobre a aplicação da substância, atualizada em 2022, destaca que ela precisa ser administrada por profissionais médicos capacitados e que, apesar de não ser contraindicada a aplicação nas nádegas para fins corretivos, “não há indicação para aumento de volume , seja corporal ou facial”.
O produto está autorizado no Brasil para as seguintes aplicações:
- Correção da lipodistrofia — alterações no organismo que levam à concentração de gordura em algumas partes do corpo) — causada pelo uso de antirretrovirais em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
- Correção volumétrica facial e corporal, que é uma forma de tratar alterações, como irregularidades e depressões no corpo, preenchendo as áreas afetadas através da bioplastia.
O uso do PMMA para fins estéticos, porém, não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que em 2022 publicou uma nota Sobre o tema.
Segundo a SBCP, o uso da substância pode causar uma série de complicações. “nódulos, massas e processos inflamatórios e infecciosos causando danos estéticos e funcionais desastrosos e irreversíveis”. Além de necrose, cegueira, embolias e mortes, que também foram citadas como complicações de uso em procedimentos estéticos.
Para eles, o PMMA é recomendado exclusivamente para correções de pequenas deformidades e em pacientes com lipodistrofia do HIV.
“Recomendamos procurar profissional médico especialista para realizar procedimentos injetáveis com segurança, pois está habilitado para tratar possíveis efeitos adversos e/ou complicações”, diz o final da nota da SBCP.
Complicações permanentes
Em fevereiro de 2024, Mariana Michelini resolveu contar nas redes sociais sobre seu caso, em que a harmonização facial foi realizada com PMMA, em vez de ácido hialurônico, comumente utilizado nesse tipo de procedimento. O procedimento, realizado em 2020, fez com que o lábio superior fosse retirado após sofrer inflamação após seis meses.
Na terça-feira (2/7), Mariana passou por um procedimento de restauração do lado esquerdo do lábio na quarta-feira (3/7). O caminho certo foi feito em junho.
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