Os números mostram o que os cidadãos brasileiros já notam nas ruas há algum tempo: os carros chineses estão invadindo o mercado automotivo brasileiro. Modelos de marcas chinesas, geralmente mais baratos, mais tecnológicos e com foco na sustentabilidade, têm criado dificuldades para a indústria nacional estar à altura nesta competição.
Ao mesmo tempo, num cenário global cada vez mais marcado por catástrofes naturais e pela urgência climática, a indústria automóvel nacional vive um momento de transformação. Os incentivos governamentais no Brasil, como o imposto seletivo e o Programa Mover, têm como objetivo promover o mercado automotivo em uma direção mais sustentável, com carros elétricos e híbridos em geral (exatamente os modelos que a China mais exporta para cá), e reduzir o pegada de carbono.
Apesar de não focar na produção de veículos que atendam ao poder aquisitivo da maioria da população brasileira, a indústria nacional pede ao governo incentivos para maior renovação da frota. Na coletiva de imprensa da Anafavea, realizada na manhã desta quinta-feira (4), o presidente da Volkswagen Brasil, Ciro Possobom, destacou que os incentivos às novas tecnologias precisam ser equilibrados com políticas que incentivem a renovação da frota. Ele argumenta que não é justo apontar os novos modelos de carros a combustão como poluidores do meio ambiente e prejudiciais à saúde, e afirma que os verdadeiros vilões ambientais são os modelos mais antigos.
Além disso, Podemosbom também destacou seu apoio à necessidade de desaceleração da importação de veículos para o mercado automotivo brasileiro, principalmente de automóveis chineses, por afetarem significativamente a produção da indústria nacional. Assim como é preciso incentivar a exportação de veículos brasileiros.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima, afirma que nem todas as importações de veículos para o Brasil impactam negativamente a indústria nacional, como é o caso da Argentina. Isso ocorre porque as autopeças produzidas no Brasil são exportadas para a Argentina e, portanto, o impacto das importações do país vizinho não é negativo, mas sim um câmbio benéfico. No entanto, este não é o caso na China.
A chegada imponente dos carros chineses ao mercado automotivo brasileiro tem sido uma preocupação crescente para a indústria nacional. Dados da Anfavea apresentados na coletiva de imprensa mostram que, nos primeiros seis meses de 2024, houve um aumento de 450% na importação de carros chineses em relação ao primeiro semestre do ano passado. Este crescimento levou a uma série de pedidos do setor para restabelecer direitos e impostos de importação sobre carros elétricos e híbridos.
Desde o início do ano, o governo brasileiro implementou um aumento gradual do imposto de importação de carros elétricos, com expectativa de atingir a alíquota integral de 35% até julho de 2026. A medida visa incentivar a produção nacional desses veículos, tornar modelos locais mais competitivos no mercado automotivo em termos de custo para o consumidor final.
A Anfavea argumenta que a reposição imediata da alíquota para 35% neste ano ajudaria a indústria nacional a recuperar a produção local, a partir agora, no segundo semestre. A produção brasileira de veículos está estagnada, pois apresentou crescimento modesto de 0,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023.
Desequilíbrio na indústria nacional: importações x exportações
Outro ponto preocupante é o desequilíbrio entre importações e exportações da indústria automotiva brasileira. Enquanto as importações de veículos aumentaram quase 38% no primeiro semestre deste ano, atingindo 198 mil unidades, as exportações caíram 28,3%, totalizando 165 mil veículos. A maior parte deste aumento nas importações é atribuída aos automóveis chineses, que representaram 78% das 54 mil unidades adicionais importadas.
Essa dinâmica tem causado tensões na indústria nacional, à medida que aumentam as importações de veículos acabados, enquanto diminui a compra de autopeças internacionais. Segundo Marcio Lima, presidente da Anfavea, se o Brasil tivesse uma política de exportação de autopeças para a China, a situação poderia ser mais equilibrada. Contudo, o cenário atual de importações sem correspondentes exportações para o mercado chinês está prejudicando o setor de autopeças e a indústria automobilística como um todo.
O presidente da Anfavea destacou ainda que a queda nas exportações de autopeças, aliada ao aumento das importações de veículos completos, coloca em risco os R$ 130 bilhões em investimentos já anunciados para o setor. Lima reforça que a restauração das alíquotas é crucial para proteger esses investimentos e garantir a sustentabilidade da indústria automotiva brasileira.
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