O comércio exterior brasileiro teve desempenho mais fraco no primeiro semestre deste ano, em relação a 2023. Com aumento de 3,9% nas importações, que superou o crescimento de 1,4% nas exportações, o saldo comercial no primeiro semestre do ano teve queda de 5,2% no período. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7/4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Em dados nominais, as exportações totalizaram US$ 167,6 bilhões, ante US$ 165,2 bilhões no primeiro semestre de 2022. As importações totalizaram US$ 125,3 bilhões, ante US$ 120,6 bilhões nos primeiros seis meses do ano. ano passado. Neste período, a corrente comercial registrou saldo de 2,5%, com saldo de US$ 292,9 bilhões.
Entre janeiro e junho deste ano, houve queda de 8,4% nas exportações de produtos agrícolas e de 1,4% na indústria de transformação. A indústria extrativa registrou crescimento de 21,5% no mesmo período, com destaque para minério de ferro (12,2%), minérios de cobre (15,2%) e óleos brutos de petróleo ou minerais betuminosos (31,2%). %).
Entre os produtos importados, a agropecuária cresceu 26,4%, enquanto na indústria de transformação também houve aumento de 4,2%, com destaque para automóveis de passageiros (121,4%), motores e máquinas não elétricas (23,7%) e aeronaves e outros equipamentos ( 35,7%). Na indústria extractiva, as importações caíram 4,4%.
Estimativas para o ano
O MDIC também revisou a projeção dos dados do comércio exterior para 2024. A nova estimativa do governo prevê novo recorde nas exportações, com aumento de 1,7% em relação ao ano anterior. Além disso, as importações deverão aumentar ainda mais significativamente, em comparação com 2022, com um aumento de 10,6%. Com isso, o saldo comercial esperado para o ano deverá ser 19,9% inferior ao ano anterior.
O subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Alves Brandão, explica que o aumento na previsão das exportações se deve à surpresa no desempenho das vendas de produtos, como soja e carne bovina, na agropecuária, além de petróleo e minério do ferro, do lado da indústria extractiva. “Esses principais produtos que o Brasil exporta ajudaram no desempenho do primeiro semestre”, avalia Brandão.
Resultado mensal
Em junho, as exportações totalizaram US$ 29 bilhões, o que representa uma queda de 1,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Enquanto isso, as importações aumentaram 14,4%, com volume total de US$ 22,3 bilhões, o que denota um déficit de 33,4% na balança comercial do mês. No mesmo período, a corrente comercial caiu 4,6%, com volume total de US$ 51,4 bilhões.
Os principais produtos que influenciaram o aumento das importações em junho foram automóveis de passageiros, que teve impressionante expansão de 432% no período, além de motores e máquinas não elétricos (31%), fertilizantes e adubos químicos (16,5%) e outros medicamentos, inclusive veterinários (37,3%).
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